Metro do Porto e STCP transportaram 135 milhões de clientes em 2013
Porto Canal / Agências
Porto, 30 abr (Lusa) -- A Metro do Porto e a STCP, cuja exploração dos serviços públicos de transporte de passageiros deverão ser entregues a privados, transportaram em 2013 cerca de 135 milhões de clientes em sete concelhos da Área Metropolitana do Porto (AMP).
No total, em 2013, as 107 composições do metro e os 475 autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) percorreram cerca de 29,7 milhões de quilómetros na AMP, referiu hoje à Lusa fonte de ambas as empresas.
As duas empresas têm um conselho de administração comum desde o verão de 2012, por determinação do Governo, mas a sua estrutura societária é diferente: enquanto a STCP é 100% do Estado, a Metro do Porto, SA. tem outros sócios, designadamente a AMP, que detém 39,9995% da empresa.
De acordo com a mesma fonte, a STCP conta com 1.231 colaboradores e a Metro do Porto, cuja operação e manutenção está subconcessionada a um operador privado desde o arranque da sua operação comercial, tem 107 pessoas no quadro.
A STCP opera em seis concelhos (Porto, Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e Maia) da AMP, sendo que mais de metade da sua operação serve o concelho do Porto.
Já as seis linhas da Metro do Porto, que totalizam 67 quilómetros de extensão, servem sete concelhos (Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Maia, Matosinhos, Porto, Gaia e Gondomar) da AMP.
Quanto às contas das empresas, desconhecem-se ainda os relatórios referentes a 2013, devendo as assembleias gerais das duas empresas para aprovação dos mesmos realizarem-se até ao final de maio.
Certo é que o ano de 2012 encerrou com um prejuízo de 73,4 milhões de euros na STCP e de 491,4 milhões de euros na Metro do Porto, de acordo com os relatórios e contas das empresas, disponíveis na internet.
Ainda em 2013, a procura por estes serviços públicos de transporte de passageiros diminuiu face ao ano anterior (menos 7,5% na Metro e menos 3,6% na STCP).
De acordo com o documento de consulta "Modelo de abertura à iniciativa privada do serviço público de transporte de passageiros na AMP", disponível na página da internet do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMTT), com a abertura à iniciativa privada da exploração dos serviços públicos de transporte de passageiros, o Governo pretende "promover a eficiência na prestação do serviço público de transporte de passageiros, permitindo, por um lado, reduzir os encargos do Estado na prestação deste serviço público e, por outro, assegurar o cumprimento das obrigações de serviço público de acordo com elevados padrões de qualidade e segurança".
"Pretende-se, assim, que independentemente do modelo de exploração a adotar, os encargos do Estado com o financiamento da operação da STCP e da Metro do Porto -- através do pagamento de Indemnizações Compensatórias (IC) -- deixem de existir", acrescenta o documento.
O documento salienta ainda que "a gestão do serviço público de transportes de passageiros apenas será entregue a operadores privados caso se observe uma forte evidência de que essa entrega significará uma melhoria no cumprimento dos objetivos acima mencionados".
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