Covid-19: Matosinhos pede mais apoios para o setor da restauração
Porto Canal com Lusa
A presidente da Câmara Municipal de Matosinhos pediu hoje ao ministro da Economia mais apoios para a restauração que, devido ao agravamento das medidas de combate à pandemia, fica numa situação económica “muito comprometida”.
Numa carta dirigida a Pedro Siza Vieira, Luísa Salgueiro (PS) referiu que, em virtude do agravamento das medidas anunciadas pelo Governo no sábado, a situação económica dos restaurantes fica “muito comprometida e milhares de postos de trabalho em risco”.
Desta forma, a autarca solicita ao responsável pela tutela para isentar a Taxa Social Única (TSU) dos trabalhadores cujo empregador manteve a totalidade dos postos de trabalho durante um período definido.
Além disso, defende a fixação da taxa do Imposto de Valor Acrescentando (IVA) de 6% nos serviços alimentares e 23% nas bebidas e a moratória de seis meses no pagamento das faturas de fornecimento e serviços externos, tais como luz, água e gás.
Luísa Salgueiro recomenda também a simplificação do sistema de candidaturas à Apoiar.pt, através de uma medida de apoio automático em função da quebra de faturação registada na Autoridade Tributária e Aduaneira e dos funcionários inscritos no Instituto Português de Segurança Social.
Na nota, esta autarquia do distrito do Porto lembra que Matosinhos tem cerca de 1.200 restaurantes que dão emprego a mais de 5.000 pessoas, tratando-se de um setor com uma importância social e económica de “enorme relevância” para o concelho.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.255.803 mortos em mais de 50,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.959 pessoas dos 183.420 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.