Caixa Agrícola retomou na semana passada negociações com Moçambique

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 29 abr (Lusa) -- As conversações da Caixa Agrícola (CA) com os parceiros moçambicanos para internacionalização do banco cooperativo no país foram retomadas na semana passada e estão a ir "muito bem".

De acordo com o presidente da CA, Licínio Pina, depois de terem sido abrandadas devido à instabilidade política vivida em Moçambique no final do ano passado, o projeto Moçambique foi retomado.

"Pensamos que as conversações com os parceiros vão dar um impulso grande, porque é um projeto muito acarinhado pelos moçambicanos", disse o responsável durante a apresentação de resultados relativos a 2013.

Segundo Licínio Pina, será "um banco com as características da Caixa de Crédito com parceiros locais, um deles público".

O banco, que tem atualmente escritórios em França (Paris) e Luxemburgo, deverá nos próximos tempos reforçar a presença em países do centro da Europa, estando atualmente a dinamizar o escritório na capital francesa (que abrirá com instalações renovadas e novos colaboradores).

Em breve, a CA abrirá um escritório também em Genebra, na Suíça, acrescentou.

"A nossa ideia não é tanto ir para os países estrangeiros para captar remessas, mas sim que os escritórios sirvam de plataforma de crescimento das empresas portuguesas nossas clientes no sentido de promover o seu negócio e internacionaliza-lo", disse.

Quanto ao mercado doméstico, Licínio Pina afirmou a intenção de reforçar a presença do Crédito Agrícola -- atualmente com uma rede de 700 balcões - nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, onde sentem que a quota "poderia ser maior" se a presença do banco "fosse mais significativa", pois atualmente apenas contam com oito balcões nas duas metrópoles.

O crescimento da instituição tem sido sempre orgânico, de acordo com Licínio Pina, mas atualmente "não há tabus" e "negócios são negócios", a CA poderá interessar-se por comprar "dependendo do que houver para vender", estando o responsável convencido que o futuro da banca passa por fusões e aquisições.

O lucro do banco cooperativo em 2013 ficou nos dois milhões de euros, de acordo com dados hoje divulgados, sobretudo, pela queda das taxas Euribor ao longo do ano e depois de, em 2012, ter apresentado um resultado líquido de 41 milhões de euros.

Segundo Licínio Pina, este ano, indicadores já conhecidos são "francamente melhores", mas o Crédito Agrícola quer conceder mais empréstimos.

"Precisávamos de mais investimentos, porque liquidez felizmente - e captada no mercado doméstico - nós temos disponível, é preciso é que apareçam projetos viáveis e capazes de serem apoiados", disse.

Ao nível de recursos humanos, o banco integra atualmente cerca de 4 mil colaboradores e não tem nenhum programa de redução de pessoas ao serviço, garantiu.

ICO// ATR

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