Ministra da Agricultura quer investimento estrangeiro na área da economia do mar

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Porto Canal / Agências

Haia, Holanda, 24 abr (Lusa) -- O ministério da Agricultura e do Mar inicia em junho na Noruega, Japão e Coreia do Sul um "roteiro de captação de investimento direto estrangeiro" para Portugal na área da economia do mar, com destaque para a aquacultura 'offshore'.

Em declarações à agência Lusa à margem de uma cimeira sobre os oceanos que decorre desde a passada segunda-feira em Haia, na Holanda, a ministra Assunção Cristas adiantou que o objetivo é "apresentar Portugal como um país que tem a preocupação de crescer na sua economia azul de uma forma equilibrada e sustentada e, para isso, está empenhado e disponível para encontrar investimento direto estrangeiro".

Segundo a governante, estão "já em preparação" para o mês de junho viagens à Noruega, ao Japão e à Coreia do Sul, a que se seguirão "mais iniciativas até ao final do ano", em busca "dos investidores que possam ajudar Portugal a fazer este desenvolvimento sustentável".

"A nossa preocupação é reunir com potenciais investidores e fazer uma apresentação da Estratégia Nacional do Mar e das condições que temos no nosso país para atrair investimento", afirmou Assunção Cristas, destacando a aquacultura 'offshore' como "uma área que vai estar em grande foco".

É que, explicou, estando neste momento em curso o processo que levará à concessão de 62 novas áreas de aquacultura 'offshore' entre a zona do Algarve e de Aveiro -- "dentro da lógica de projetos chave na mão, com o licenciamento todo já pré-definido, quer para o espaço, quer para a atividade e para o licenciamento ambiental" - tudo "está já facilitado para apresentar aos investidores".

De acordo com a ministra, "esta será, seguramente, uma área prioritária na captação de investimentos", mas o roteiro servirá também para fazer "uma apresentação genérica da Estratégia Nacional do Mar" e das oportunidades e do apoio financeiro a dar a esses investimentos, "quer genericamente, quer ao nível de apoios específicos para a área do mar no âmbito do próximo quadro financeiro plurianual".

Organizada pelo governo holandês em parceria com a Noruega, EUA, Indonésia, Maurícias e Grenada, além do Banco Mundial e da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a cimeira "Global Oceans Action Summit for Food Security and Blue Growth" discute até sexta-feira, em Haia, questões como o equilíbrio entre o desenvolvimento económico e a proteção do oceano, numa lógica de desenvolvimento sustentável.

A ministra portuguesa da Agricultura e do Mar, que hoje participou no segmento ministerial do encontro, diz ter "sinalizado que Portugal pode ser visto como exemplo" porque "está à frente num conjunto relevante de matérias" relacionadas com a Estratégia Nacional do Mar e com a lei de bases de ordenamento e gestão do espaço marítimo.

"Foi mais uma vez sinalizada esta evolução e liderança que Portugal tem. Aliás, estamos cá ao nível de ministros, coisa que não acontece com muitos outros países, o que é também um sinal positivo e de destaque", afirmou Assunção Cristas, recordando o "objetivo claro" previsto na Estratégia Nacional do Mar de "aumentar em 50% o peso da economia do mar no PIB [produto interno bruto] até 2020".

PD // VC

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