Junta de Ansiães, Amarante, alerta para prejuízos da paragem do túnel do Marão

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Porto Canal / Agências

Amarante, 19 jun (Lusa) - O presidente da Junta de Ansiães, Amarante, onde começa o túnel do Marão, disse hoje à Lusa que a paragem nas obras tem provocado prejuízos, sobretudo o assoreamento de terra em estradas e caminhos.

Armando Carvalho salienta que é nos dias com chuva mais intensa que a situação mais se complica no lugar do Casal, o mais próximo da entrada do túnel, com assoreamento de terra e pedras.

"Nós temos andado a limpar os caminhos", contou, sublinhando que a paragem nas obras, ocorrida há cerca de dois anos, tem sido "uma situação muito negativa para a freguesia".

"Ninguém toma conta disto. Estamos nós aqui e não sabemos quem é o responsável", acrescentou, frisando que "as pessoas estão preocupadas, porque pode haver o deslize de algumas pedras".

O presidente de junta comentava o facto de o Estado ter resgatado a concessão do túnel do Marão, com justa causa fundada no incumprimento pela Concessionária Autoestradas do Marão, que parou a obra em junho de 2011, segundo o Diário da República (DR).

O despacho assinado pelos secretários de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, e das Obras Públicas, Sérgio Monteiro, foi publicado no segundo suplemento do DR de segunda-feira.

O autarca de Ansiães apela para que as obras recomecem rapidamente, recordando haver um caminho público cortado pela obra, que é importante para a freguesia, por permitir o acesso à Senhora de Moreira, onde se realizam duas festas anuais.

"Nós temos que desviar o trajeto 500 metros por terrenos particulares", alertou.

O presidente de Ansiães, a freguesia de Amarante que, no alto do Marão, confina com Vila Real, disse à Lusa ter "pouca esperança" de que "o problema seja resolvido rapidamente".

Entretanto, lamentou, "muita coisa aconteceu", com o encerramento de várias empresas da região e o aumento do desemprego, levando à emigração.

"Qualquer dia não temos aqui gente para trabalhar", alertou.

A concessionária Autoestradas do Marão, que junta as empresas Somague a MSF, decidiu suspender as obras em toda a extensão da autoestrada que vai ligar Amarante a Vila Real a 27 de junho de 2011.

Os sublanços, cuja construção está interrompida, deveriam ter entrado em serviço em 13 de novembro de 2012.

Também sobre esta matéria, o presidente da Câmara de Amarante, Armindo Abreu, considera que o eventual recomeço das obras do túnel do Marão não vai compensar os prejuízos provocados na economia local pelos dois anos de paragem da obra.

"Já não há maneira de ressarcir os prejuízos provocados na economia local, incluindo falências e desemprego", afirmou hoje o autarca socialista, em declarações à Agência Lusa.

APM (PLI) // MSP

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