PSD diz que depois das europeias há "todas as condições" para aumento do salário mínimo

PSD diz que depois das europeias há "todas as condições" para aumento do salário mínimo
| Política
Porto Canal

O PSD defendeu hoje que depois das eleições europeias "existem todas as condições" para que a concertação social possa "em tranquilidade" e "sem pressões dos partidos políticos" discutir o aumento do salário mínimo nacional.

"Falta pouco para as eleições e logo a seguir existem todas as condições para que a concertação social faça ao seu trabalho em tranquilidade, sem pressão dos partidos políticos e chegue aos entendimentos necessários", disse o deputado social-democrata Pedro Roque.

O deputado social-democrata, ex-secretário de Estado do Emprego, falava no plenário da Assembleia da República, respondendo a uma questão da deputada do PS Catarina Marcelino, que o desafiou a dizer quando reunirá a concertação social acerca do aumento do salário mínimo nacional (485 euros).

Já na quarta-feira o porta-voz do PSD, Marco António Costa, tinha afirmado apreciar a ideia da UGT de que um eventual aumento do salário mínimo só deve ser debatido após as eleições europeias, considerando que nessa altura possivelmente haverá menos ruído.

Também Pedro Roque se referiu à posição da central sindical, sublinhando que "ficou claro que a UGT não quer, e bem, que este assunto seja contaminado pelo clima de campanha eleitoral".

O deputado do CDS-PP Rui Barreto reiterou que "deve ser a concertação social que pode e deve chegar a um entendimento" sobre o aumento do salário mínimo.

"O Governo pode e deve ser um facilitador para entendimentos", disse o deputado, afirmando que o CDS-PP vê "como muito positivo o sinal dado pelo Governo" no sentido de uma atualização do valor do salário mínimo, decidido em sede de concertação social.

A deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua acusou o CDS-PP de ter uma "posição hipócrita" ao estar permanentemente a remeter a matéria para a concertação social, com a qual não se preocupou quando cortou salários.

"A concertação social já deu acordo ao aumento do salário mínimo, só falta vontade política do PSD e do CDS", afirmou a deputada bloquista, sublinhando que a concertação social já tinha decidido o aumento do salário mínimo em 2011.

Também o deputado comunista Bruno Dias argumentou que esse compromisso foi quebrado e que o atual Governo PSD/CDS-PP "bloqueou toda as iniciativas nesse sentido" apesar do consenso em torno dessa atualização.

"Agora diz que o Governo deve ser um facilitador? Na pré-campanha para o Parlamento Europeu? Quem é que estes partidos do arco da dívida pensam que enganam?", questionou.

O deputado socialista Rui Paulo Figueiredo defendeu que "tem havido na sociedade portuguesa consenso", do qual o Governo se colocou de fora, funcionando como "um verdadeiro complicador".

"Se alguma convergência houve foi o voto contra o Orçamento do Estado do senhor deputado, tinha razão nessa matéria", afirmou Rui Paulo Figueiredo, dirigindo-se a Rui Barreto, que votou contra o documento por duas vezes e foi alvo de um processo interno no CDS-PP.

Na resposta, Rui Paulo Figueiredo respondeu que apesar dessa divergência está "com muito orgulho" na bancada centrista.

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