PS alerta para eventual "degradação dos serviços" do hospital de Serpa

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Porto Canal / Agências

Serpa, 07 abr (Lusa) - O PS alertou hoje para a eventual "degradação dos serviços" do hospital de Serpa, após a prevista devolução à misericórdia, devido à obrigação de continuarem a ser prestados com menos 25% de custos para o Estado.

"Fazer o mesmo com uma diferença tão grande para menos pode levar a uma degradação dos serviços" do Hospital de S. Paulo, em Serpa, disse hoje à agência Lusa o deputado do PS eleito por Beja, Luís Pita Ameixa, após ter visitado a unidade de saúde.

Por outro lado, alertou, a "obrigação de gastar menos 25% do que é gasto atualmente" pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) "pode ser problemático para as finanças" da Santa Casa da Misericórdia de Serpa e levar "à impossibilidade" de a instituição "se aguentar financeiramente a prestar os serviços" do hospital.

O Governo, mediante a celebração de acordos de cooperação, quer devolver os hospitais pertencentes às misericórdias e que são geridos por estabelecimentos ou serviços do SNS, como é o caso do Hospital de S. Paulo, que é gerido pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.

Segundo o decreto-lei aplicável, os acordos com as misericórdias devem ser precedidos de um estudo que demonstre que os encargos globais do SNS diminuem em, pelo menos, 25% relativamente à alternativa de prestação de serviços pelo setor público.

No processo de devolução de hospitais às misericórdias, "é necessário defender a qualidade e a integralidade dos serviços prestados e os interesses dos trabalhadores", mas também "não pode ser ruinoso" para aquelas instituições.

"Nenhuma mudança pode ser feita à custa da qualidade dos serviços do SNS nem da saúde financeira das misericórdias", defendeu o deputado, referindo que a "obrigação" de gastar menos 25% torna "difícil responder às necessidades" e está a "dificultar" o processo de negociação para a devolução do hospital à Santa Casa da Misericórdia de Serpa.

Segundo o deputado, "por alguma razão, o Governo não conseguiu cumprir a pretensão" de avançar em novembro do ano passado com a devolução do primeiro conjunto de hospitais a transferir para as misericórdias, ou seja, os de Fafe, Ovar, Cantanhede, Anadia, Serpa e Régua.

Luís Pita Ameixa disse estar "preocupado" com as implicações da devolução para os utentes e trabalhadores do hospital e para a Santa Casa da Misericórdia de Serpa e para o SNS e, por isso, vai continuar a acompanhar o processo.

LL // MLM

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