Covid-19: Lagarde alerta para recessão da zona euro entre 8% e 12% em 2020

| Economia
Porto Canal com Lusa

Frankfurt, Alemanha, 27 mai (Lusa) - A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou hoje que a economia da zona euro se vai contrair entre 8% e 12% este ano, mais do que tinha previsto antes.

Num encontro com jovens europeus, transmitida no site do BCE, Lagarde disse que a pandemia da covid-19 provocou uma enorme crise económica devido à paralisação da economia.

Lagarde tinha previsto, após a reunião do Conselho do BCE, no final de abril, que a zona euro poderia sofrer uma contração entre 5% e 8%.

A Presidente do BCE explicou que o BCE prevê vários cenários para medir o impacto da crise causada pela pandemia.

O cenário mais suave prevê uma contração da economia em 2020 de 5%, o médio uma recessão de 8% e mais pessimista um recuo de 12%.

Lagarde alertou que a previsão do "cenário mais suave está desatualizada" e que é muito provável que a contração esteja entre o cenário médio o mais pessimista, entre 8% e 12%.

A economia da zona euro vai contrair num ano o dobro da recessão da crise financeira de 2008 e 2009, segundo a presidente do BCE.

O Conselho do BCE reúne-se novamente na quinta-feira da próxima semana, 04 de junho, para analisar a situação económica dos países que partilham o euro e espera-se que aumente os estímulos monetários, com um aumento do volume de compras de dívida de emergência devido à pandemia.

Nessa altura, o BCE também anunciará novas previsões macroeconómicas, de crescimento e inflação, lembrou Lagarde.

Até agora, o BCE implementou um programa de compras de dívida de emergência devido à pandemia no valor de 750 mil milhões de euros até o final do ano.

O BCE também decidiu comprar até ao final do ano outros 120.000 milhões de euros e adquire, desde novembro do ano passado, títulos no valor de 20.000 milhões de euros por mês.

A peculiaridade do programa de compras de emergência é que é flexível e o BCE pode comprar mais dívida por país por mês, caso seja necessário, ou seja, se os juros da dívida pública de determinado país tiverem disparado.

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