Rali de Portugal: Regresso ao norte merece voto unânime

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 03 abr (Lusa) -- À partida do Rali de Portugal em Lisboa, o público respondeu hoje com a defesa do regresso da prova ao Norte, onde os troços são mais bonitos e os carros proporcionam um maior espetáculo.

Nem o belo cenário de fundo da superespecial proporcionado pelo Mosteiro dos Jerónimos ou pela Torre de Belém afasta o sentimento generalizado: Rali de Portugal deveria, necessariamente, rimar com Norte, mais do que com as paragens do Sul que têm servido de "habitat" à etapa portuguesa do Mundial de ralis.

Apaixonado pelos carros "desde sempre", Ricardo Santos acompanha o Rali de Portugal há "uns 40 anos", talvez até mais, e não tem dúvidas quanto à necessidade de a prova regressar ao norte.

"Eu gosto mais dos troços do norte, sendo que é mais fácil o acesso aos troços onde são hoje, na zona do Alentejo. Mas os troços do norte são muito mais bonitos", começou por dizer à agência Lusa o homem que já foi fiel espetador em "Fafe, Arganil e por aí adiante".

Para Ricardo Santos, a grande diferença proporcionada pelos trajetos nortenhos é o espetáculo.

"Os troços são muito mais bonitos, os pisos são mais demolidores. Eu estou a falar de há 20 anos, em que eram muito mais demolidores e os ralis decidiam-se muito mais no último momento... em Arganil, com cinco minutos entre o primeiro e o segundo, não se sabia quem ia ganhar. Aqui em baixo acho que é um bocadinho diferente", analisou.

Do alto do Centro Cultural de Belém, o fã confesso dos carros reconhece que o Rali de Portugal "não tem a magia de outros tempos".

"Competitivo acho que ainda continua a ser, os pilotos continuam a ser muito iguais, quer dizer, tirando o [Sebastien] Ogier, que está à frente dos outros todos. Antes, acho que havia um maior número de pilotos muito iguais, hoje acho que não é tanto assim", lamentou.

Junto às grades, a ver os carros passar, Luís Rodrigues também não hesitou quando questionado sobre um eventual regresso ao Norte, que poderá acontecer já no próximo ano.

"Não se sabe se vai ser para o ano ou no ano seguinte, mas acho que seria uma boa mudança e esperava que acontecesse, porque a maior legião de fãs está no norte do país, mais do que aqui em Lisboa e mais ainda do que no Algarve", garantiu à Lusa.

Este espetador, que viajou de Leiria e se definiu como "um habitué nestas andanças", recordou com saudades as etapas de Fafe, Viana do Castelo, São Lourenço da Montaria e, "principalmente", de Fafe, que viu ao vivo e a cores nos anos 80.

"É uma das catedrais. Ainda agora se viu o efeito do Fafe Rali Sprint, com 140 mil pessoas", destacou, acrescentando que "faz todo o sentido", mesmo em termos promocionais para o país, o regresso às origens, porque as etapas no Algarve "não são tão carismáticas".

Um pouco mais à frente, a uma distância suficiente para não ouvir o que foi dito por Luís Rodrigues, Francisco Tomás mostra-se apologista da mesma ideia.

Parco em palavras, vai dizendo que acha bem o regresso do rali ao Norte, porque é "mais espetacular, mais emotivo", porque o piso e o público são diferentes.

"Em qualquer lado, o rali faz-se bem, mas no Norte tem mais pica, mais adrenalina", concluiu Francisco Tomás, antes da superespecial de arranque da prova, que ruma de Lisboa para as estradas alentejanas e algarvias nos próximos três dias.

AMG // PA

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