Covid-19: Grupo de turismo TUI vai eliminar 8.000 postos de trabalho

| Economia
Porto Canal com Lusa

Berlim, 13 mai 2020 (Lusa) -- O grupo alemão TUI revelou hoje que vai reduzir em 10% o número de trabalhadores e eliminar 8.000 postos de trabalho a nível mundial, devido à pandemia da covid-19, e cortar em 30% as suas despesas administrativas.

O operador turístico disse em comunicado "estar pronto para retomar a atividade na Alemanha e na Europa" consoante se forem levantando algumas restrições impostas em consequência da pandemia, mas sempre de "forma responsável e com regras claras".

Em abril, o Governo alemão autorizou que o grupo turístico recebesse um empréstimo de 1.800 milhões de euros para fazer frente à paralisação da atividade económica por causa do novo coronavírus, que adicionou às linhas de crédito já disponíveis.

"Os empréstimos recebidos devem ser devolvidos num curto espaço de tempo e o elevado endividamento deve ser reduzido rapidamente", refere o comunicado, justificando, deste modo, o programa global de redução de despesas.

O presidente da empresa, Fritz Joussen, disse que "a TUI sairá reforçada desta crise. Mas será outra TUI e encontrará um mercado diferente do que tinha antes da pandemia. Isso faz com que sejam necessários cortes: em investimentos, despesas, na dimensão e presença em todo o mundo".

Com a eliminação dos 8.000 postos de trabalho, dos 70.000 que a empresa possui à escala mundial, o plano do operador passa por acelerar os processos de digitalização e reduzir os gastos gerais em 30%.

A direção da TUI não apresentará por agora as previsões para 2020, devido à situação provocada pela pandemia da covid-19, tendo retirado as anteriores divulgadas em 15 de março passado na sequência do impacto negativo do SARS-CoV-2 no negócio.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.163 pessoas das 27.913 confirmadas como infetadas, e há 3.013 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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