Covid-19: Lucro do BNP Paribas desce 33% para 1.282 ME no 1.º trimestre
Porto Canal com Lusa
Paris, 05 mai 2020 (Lusa) -- O banco francês BNP Paribas anunciou hoje que contabilizou um lucro no primeiro trimestre do ano em 1.282 milhões de euros, uma queda de 33,2% na comparação com idêntico período do ano passado.
O resultado de exploração bruto (ebitda), por sua vez, aumentou 1,3 % no período em análise, para 2.731 milhões de euros, enquanto que o resultado de exploração líquido, caiu 32,2% para 1.305 milhões de euros, refere o grupo financeiro em comunicado.
O produto bancário líquido, equivalente à receitas, também recuou para 10.888 milhões de euros, o que representa uma queda de 2,3% na comparação com igual período do ano passado.
O banco referiu ainda que no primeiro trimestre foi afetado pela "violência" da crise provocada pelo novo coronavírus, mas que as suas receitas e os resultados demonstram "quanto forte" é o seu modelo de negócio, lê-se no comunicado.
O BNP Paribas revelou também que a pandemia levou a uma "revisão drástica" do cenário macroeconómico para o conjunto deste ano.
Nesse sentido, e "salvo uma nova crise", o banco espera que o lucro registe uma queda entre 15% a 20% no final deste ano, face a 2019.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 250 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (68.689) e mais casos de infeção confirmados (quase 1,2 milhões).
Seguem-se Itália (29.079 mortos, quase 212 mil casos), Reino Unido (28.734 mortos, mais de 190 mil casos), Espanha (25.613 mortos, mais de 219 mil casos) e França (25.201 mortos, mais de 169 mil casos).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
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