Covid-19: Cabo Verde cria grupo de trabalho para o "desafio gigantesco" do pós-pandemia

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Porto Canal com Lusa

Praia, 07 abr 2020 (Lusa) - O Governo cabo-verdiano vai criar um grupo de trabalho para preparar a estratégia para o pós-pandemia de covid-19, assumindo que esse período será um "desafio gigantesco", anunciou hoje o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia.

Numa mensagem na sua conta oficial na rede social Facebook, o governante, que é também ministro das Finanças, assume que o "recomeço não será tarefa fácil" e que é necessário "ser disruptivo".

"Irei, por isso, na qualidade de ministro que tutela a área do Planeamento, criar, durante esta semana, um grupo de trabalho, convidando vários especialistas, no país e no estrangeiro, para ajudar o Governo a preparar uma estratégia para o período pós-pandemia", anunciou o governante.

Cabo Verde cumpre hoje o décimo dia, de 20 previstos, de estado de emergência para conter a pandemia provocada pelo novo coronavírus, com a população obrigada ao dever geral de recolhimento, com limitações aos movimentos, empresas não essenciais fechadas e todas as ligações interilhas e para o exterior suspensas.

O país conta com sete casos confirmados de covid-19, entre as ilhas da Boa Vista (4), de Santiago (2) e São Vicente (1). Um dos casos da Boa Vista, um turista inglês de 62 anos, acabou por morrer.

"Teremos um mundo com mais pobreza, com mais exclusão, com mais desemprego, com menos oportunidades para os jovens e mulheres e com mais limites e fronteiras. Estaremos, por isso, perante um desafio gigantesco. Este é o desafio das nossas vidas. Não tenhamos dúvidas", afirmou ainda Olavo Correia, na mesma mensagem.

O Governo cabo-verdiano tem lançado várias medidas para minimizar os impactos da crise económica que já se sente no arquipélago, dependente do turismo e fechado ao exterior devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, tendo Olavo Correia assumido já a preparação de um novo Orçamento do Estado para 2020, porque o atual "pifou".

Em cima da mesa, explicou anteriormente o governante, está um cenário de défice orçamental que dispara este ano de 2 para 10% do Produto Interno Bruto (PIB), com a correspondente "explosão" da dívida pública e uma recessão económica de 4 a 5% do PIB, contra o crescimento anual acima de 5% que se registava até agora.

O quadro, reconheceu, é composto ainda por, "no melhor cenário", a duplicação do desemprego, cuja taxa poderá chegar aos 20% e a quebra de 18 mil milhões de escudos (163 milhões de euros) em receitas públicas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

PVJ // PJA

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