Covid-19: Câmara de Matosinhos não encontra justificação para cerca sanitária no Porto

| Norte
Porto Canal com Lusa

Matosinhos, Porto, 30 mar 2020 (Lusa) - A presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, disse hoje não conseguir encontrar justificação para o facto da Direção-Geral da Saúde (DGS) estar a equacionar uma cerca sanitária na região do Porto.

"Não consigo encontrar justificação para a instauração de uma cerca sanitária nos concelhos do Norte do país, ainda para mais quando existe já contaminação comunitária, ou seja, não podemos dizer que existe um foco da doença", disse à agência Lusa.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou hoje que a medida está a ser equacionada entre as autoridades de saúde regionais, as autoridades de saúde nacionais e o Ministério da Saúde "e provavelmente hoje será tomada uma decisão nesse sentido".

Na conferência de imprensa diária para fazer o ponto da situação da pandemia da covid-19 em Portugal, Graça Freitas assegurou a articulação entre as autoridades de saúde e as autoridades municipais desde logo, com a Câmara Municipal, com a Segurança Social e com a Comissão Municipal de Proteção Civil.

Para a autarca, em isolamento por estar infetada pelo novo coronavírus, as situações que se verificam de "falta de respeito" pelas regras de isolamento social não têm que ver com a circulação de pessoas de fora do concelho.

Por isso, considerou, proibir essa circulação não vai solucionar o problema.

Matosinhos, no distrito do Porto, precisa de cidadãos de outros concelhos para trabalhar, designadamente nos serviços de saúde e no apoio a dependentes, sublinhou a socialista.

"Não nos podemos esquecer que Matosinhos tem um dos hospitais de referência da zona Norte, cujo acesso pode estar comprometido com a possibilidade da cerca sanitária", afirmou.

Luísa Salgueiro espera "sinceramente" que estejam a ser equacionadas e ponderadas todas as implicações que podem resultar de uma medida como esta.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela DGS, registaram-se 140 mortes, mais 21 do que na véspera (+17,6%), e 6.408 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 446 em relação a domingo (+7,5%).

Dos infetados, 571 estão internados, 164 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

SVF(HN) // MSP

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