Covid-19: Reforçados cuidados especifícos com lixo de doentes ou casos suspeitos

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 25 mar 2020 (Lusa) -- O lixo produzido por doentes com covid-19 ou suspeitos de estarem infetados deve ser depositado em sacos de plástico resistentes e descartáveis, usando apenas dois terços da capacidade, e colocado num contentor com tampa, preferencialmente acionada com pedal.

A recomendação é da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no âmbito da pandemia de covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

A medida deve ser aplicada aos resíduos domésticos produzidos pelos doentes confirmados ou suspeitos de terem contraído o vírus e por quem lhes presta assistência.

"Os sacos devidamente fechados devem ser colocados dentro de um segundo saco, devidamente fechado, e serem depositados no contentor de resíduos indiferenciados", afirmou a APA, em comunicado datado de terça-feira.

A agência reitera que, neste caso, não há recolha seletiva e que os resíduos recicláveis devem ser depositados junto com os outros e "nunca no ecoponto".

As luvas, máscaras e outros materiais de proteção, mesmo que não estejam contaminados, "não devem em caso algum ser colocados no contentor de recolha seletiva nem depositados no ecoponto", mas sim encaminhados com a recolha indiferenciada em saco bem fechado, precisou a APA.

Nos restantes casos, mantêm-se os procedimentos habituais.

As orientações e recomendações emitidas pela APA visam também os hotéis e outros locais com grande concentração de pessoas, como portos e aeroportos, onde perante casos suspeitos ou confirmados o lixo produzido será equiparado a "resíduos hospitalares de risco biológico".

Assim, os resíduos devem ser acondicionados num primeiro saco plástico resistente, colocado em contentor com abertura não manual e com tampa. Quando o saco estiver cheio (enchimento máximo até dois terços da sua capacidade), deve ser bem fechado, e depositado num segundo saco.

"Os resíduos devem ser mantidos segregados e serem encaminhados para operador licenciado para a gestão de resíduos hospitalares com risco biológico, sob responsabilidade do órgão de gestão da empresa, alojamentos, portos ou aeroportos", segundo a APA.

Aos trabalhadores envolvidos nas operações de recolha e tratamento do lixo, recomenda-se que "cumpram escrupulosamente as medidas de segurança" definidas, nomeadamente em termos de higiene e utilização de equipamentos de proteção individual.

"Reforça-se a necessidade de higienização dos próprios equipamentos de proteção individual, no mínimo diária", sublinhou a APA.

Neste sentido, deve também ser aumentada a limpeza das viaturas de recolha do lixo, "por fora e por dentro", com desinfetante, "no mínimo", após cada jornada de trabalho.

Os operadores de tratamento de resíduos hospitalares "devem estar preparados para a necessidade de aumentar a frequência de recolha de resíduos em unidades de saúde do tipo hospitalar", determinou a agência.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428.000 pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 43 mortes, mais 10 do que na véspera (+30,3%), e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira (+26,8%).

Dos infetados, 276 estão internados, 61 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, até às 23:59 de 02 de abril.

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