Covid-19: Zimbabué anuncia primeira morte

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Porto Canal com Lusa

Harare, Zimbabué, 23 mar 2020 (Lusa) - As autoridades do Zimbabué anunciaram hoje a morte de um dos dois pacientes oficialmente como estando infetados com covid-19, divulgou a emissora nacional.

"O Ministro da Saúde e Bem-Estar Infantil, Obediah Moyo, confirmou a morte de Zororo Makamba, o segundo paciente, cujo teste ao vírus deu positivo (...) no Zimbábue", informou a Zimbabwe Broadcasting Corporation (ZBC), na sua conta na rede social Twitter.

Segundo as autoridades sanitárias do Zimbabué, o paciente, com 30 anos, tinha regressado ao país via Joanesburgo, África do Sul, no dia 09 de março, após uma estadia em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.

O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, declarou na semana passada a pandemia como um "desastre nacional" e proibiu concentrações no país de mais de 100 pessoas.

O impacto da epidemia pode ser catastrófico para aquele país, que está mergulhado há duas décadas numa crise económica e que há dois anos tem vindo a registar falhas no abastecimento de bens essenciais à população e ao funcionamento da economia, como de combustíveis, medicamentos ou eletricidade.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

O continente africano já registava este domingo à tarde pelo menos 40 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 1.250 casos em 43 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia da covid-19.

No total, estão contabilizados naquele continente 1.267 casos de infeção desde o início da pandemia, tendo o primeiro sido detetado em 14 de fevereiro, no Egito.

De acordo com o portal Worldometer, que compila quase em tempo real a informação da Organização Mundial de Saúde (OMS), dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação, há registos de mortes pela covid-19 em 13 países africanos: Egito, Argélia, Marrocos, Tunísia, Burkina Faso, Gabão, Sudão, Maurícias, Gana e República Democrática do Congo (RDCongo), além da Nigéria, Gâmbia e Zimbabué, que anunciaram hoje as primeiras mortes.

 

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