Covid-19: Quarentena obrigatória já está a ser aplicada a quem chega à Madeira - Governo Regional

| Política
Porto Canal com Lusa

Funchal, Madeira, 20 mar 2020 (Lusa) - A quarentena obrigatória já está a ser aplicada na Madeira, com as pessoas que chegam à região sem terem residência a serem encaminhadas para o empreendimento da Quinta do Lorde, no Caniçal, disse à Lusa o presidente do Governo Regional.

A vigilância na aplicação desta medida para minimizar a propagação da pandemia da Covid-19 será reforçada, na sequência das indicações anunciadas pelo representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, que apoia esta determinação do executivo regional.

As pessoas que cheguem hoje à Madeira, e que não tenham residência, "têm um autocarro de turismo devidamente preparado na porta das chegadas do Aeroporto Internacional da Madeira-Cristiano Ronaldo, além de elementos da Polícia de Segurança Pública, que vão tratar de assegurar que sejam encaminhadas para um local para cumprirem a quarentena obrigatória", explicou Miguel Albuquerque.

O local escolhido para estes casos foi o empreendimento da Quinta do Lorde, na freguesia do Caniçal, no extremo leste da ilha da Madeira.

O representante da República para a Madeira, o juiz-conselheiro Ireneu Barreto, que é o responsável pela execução das medidas adotadas na sequência da declaração do estado de emergência na Região Autónoma, declarou o seu apoio a esta solicitação do executivo madeirense.

"Essa medida é importante para nós. Nós somos uma ilha. A ilha não pode ser transformada num refúgio daqueles que querem fugir da pandemia", declarou o representante.

No que diz respeito ao Porto Santo, os não residentes que cheguem à ilha a partir de hoje ficarão confinados no Hotel Praia Dourada, uma unidade disponibilizada a título gratuito pelo Grupo Económico Sousa, adiantou a secretaria da Saúde e Proteção Civil da Madeira.

Quinta-feira, o Instituto de Administração da Saúde da Madeira (IASAÚDE) informou que o número de casos de Covid-19 na região duplicou em 24 horas, subindo para seis os infetados na região, sendo cinco cidadãos dos Países Baixos e uma madeirense.

"Temos neste momento dois casos com validação pelo Instituto Ricardo Jorge", afirmou, na altura, a vice-presidente do IASAÚDE, Bruna Gouveia, acrescentando: "Temos mais quatro casos que aguardam validação pelo Instituto Ricardo Jorge, com resultado preliminar positivo".

Até quinta-feira foram já sinalizados 48 casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 38 foram negativos na Madeira.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 89.000 recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.

O número de mortos no país subiu para seis.

Dos casos confirmados, 894 estão a recuperar em casa e 126 estão internados, 26 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinalava 7.732 casos suspeitos até quinta-feira, dos quais 850 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, cinco recuperaram.

AMB // MLS

Lusa/Fim

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.