Covid-19: Moçambique pondera impor novas medidas de prevenção nos próximos dias

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Maputo, 17 mar 2020 (Lusa) - O Governo moçambicano manifestou-se hoje preocupado com a eclosão do Covid-19 em países africanos, admitindo a possibilidade de impor novas medidas de prevenção da doença nos próximos dias.

"Não há ainda confirmação de um caso de coronavírus no país, mas a situação que está a ocorrer nos países circunvizinhos é preocupante e pode justificar o anúncio de novas medidas nos próximos dias", disse Filimão Suaze, porta-voz do Governo moçambicano.

Filimão Suaze falava durante uma conferência de imprensa em Maputo, após uma sessão do Conselho de Ministros de Moçambique.

Segundo o porta-voz, o Plano Quinquenal do Governo, aprovado pelo executivo moçambicano e a ser debatido pelo parlamento no final deste mês, sofreu alterações tendo em conta a propagação da doença, que está a abalar a economia global.

"Nós não somos uma ilha, estamos integrados nesta economia global. Aquilo que acontecer hoje ou amanhã [quanto à evolução da doença] é determinante para alterar alguns documentos programáticos de governação", declarou Filimão Suaze, reiterando o apelo para observância das medidas de prevenção anunciadas pelas autoridades de saúde.

Apesar de não existir ainda um caso confirmado no país, Moçambique elevou o estado de alerta e reforçou as medidas de prevenção ao surto de Covid-19, anunciou, no sábado, o chefe de Estado, Filipe Nyusi.

O Governo moçambicano vai suspender "a organização e participação em todo o tipo de eventos com mais de 300 pessoas e desencorajar que os mesmos ocorram em espaços fechados e sem ventilação adequada".

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

O continente africano tem sido o menos afetado pela pandemia de coronavírus, registando atualmente 418 casos em 30 países.

Egito, com 150 casos, a África do Sul, com 62, e a Argélia, com 60, são os países mais afetados.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

A Itália com 2.158 mortos registados até segunda-feira (em 27.980 casos), a Espanha com 491 mortos (11.191 casos) e a França com 148 mortos (6.663 casos) são os países mais afetados na Europa.

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

EYAC // JH

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.