Covid-19: Plataforma de ensino à distância no superior com 63 mil utilizadores num dia

| País
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 17 mar 2020 (Lusa) -- A plataforma Colibri, para ensino à distância no superior, registou 63 mil participantes em cerca de 2.700 aulas ou reuniões no primeiro dia de suspensão de aulas presenciais devido à epidemia de Covid-19.

"A plataforma continua a registar diariamente um aumento do número de utilizadores, verificando-se uma grande mobilização de todas as instituições de ensino superior na adoção de ambientes colaborativos e de ensino à distância no âmbito dos seus planos de contingência para prevenir a transmissão do novo coronavírus", lê-se no comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

A plataforma Colibri, disponibilizada pela Unidade de Computação Científica Nacional da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT-FCCN), registou na segunda-feira uma utilização correspondente a um total de 2.441.387 minutos.

"No sentido de continuar a apoiar a comunidade académica e científica na adoção de ambientes de trabalho colaborativo e garantir a manutenção das atividades letivas e da investigação, assim como promover o teletrabalho no momento excecional que o país enfrenta, a FCT-FCCN tem vindo a reforçar a capacidade das plataformas em ambiente colaborativo, tendo desde já duplicado o número de processadores, de memória, disco e máquinas virtuais de 'transcoding' do Colibri", refere o MCTES.

A tutela lembra que a plataforma permite o ensino à distância através de aulas virtuais até 300 participantes, além de partilha de documentos de áudio, vídeo, texto, imagens, quadro branco e ecrã.

Para apoiar o ensino à distância e o teletrabalho a FCT-FCCN disponibilizou também outros instrumentos e serviços de apoio, como o Videocast, uma ferramenta que permite transmissão de vídeo em direto para todo o mundo, "sem anúncios ou interrupções" e através da qual é possível "partilhar uma aula com todos os que tenham acesso ao link de transmissão, com opção de controlo por palavra-chave".

Outro serviço disponível, o Educast, "permite gravar, editar e publicar vídeos educativos, nomeadamente aulas, formações ou tutoriais", que são carregados para um "portal pesquisável, que agrega mais de 22 mil vídeos educativos" e que ficam disponíveis em "múltiplos formatos: 'streaming', 'desktop' e 'mobile'".

Ficam também disponíveis a Nau, uma plataforma de cursos 'online' em formato MOOC (cursos livres massivos 'online', na tradução em português), que podem ser usados pelas instituições para formação aos trabalhadores em regime de teletrabalho; e o Filesender, uma plataforma de partilha de ficheiros de grande dimensão, não suportáveis por envio por 'email'.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 4.030 casos suspeitos até hoje, dos quais 323 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 19 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais uma do que no domingo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

IMA // HB

Lusa/fim

+ notícias: País

Caixa de medicamento "antifascista" colocada na campa de Salazar

No cemitério do Vimieiro, em Santa Comba Dão, foi colocada uma enorme caixa de medicamentos na campa de António de Oliveira Salazar. Autoria do artista português Bordalo II, o “probiótico antifascista” tem o nome de “Liberdade” e o vídeo partilhado pelo próprio nas redes sociais já está a gerar uma forte onda de contestação, a poucos dias das comemorações dos 50 anos do 25 de abril.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.