Rio acusa PS, PCP e CDS-PP de saírem de "cabeça baixa" de votações sobre IVA da luz

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 06 fev 2020 (Lusa) - O presidente do PSD, Rui Rio, acusou hoje PS, PCP mas também CDS-PP de saírem de "cabeça baixa" do processo de votações sobre os vários projetos do IVA da luz, todos rejeitados.

Na parte final da sua intervenção no encerramento no debate do Orçamento do Estado para 2020, Rio avisou que "ia começar o barulho" e foi particularmente crítico para com o PCP, partido que acusou de ser "desajeitadamente servil" em relação ao PS nesta matéria.

"Para os comunistas que tanto gostam de falar no nosso povo, o que este povo costuma dizer nestas circunstâncias é que se isto tem alguma lógica, então eu vou ali e venho já", criticou, dizendo que o PCP preferiu "não descer nunca o IVA" do que descê-lo apenas em outubro, como pretendia o PSD.

No entanto, as críticas estenderam-se também ao antigo parceiro de governação, o CDS-PP, que se absteve quer na proposta do PSD de redução do IVA da luz de 23 para 6%, quer nas contrapartidas que previam os sociais-democratas para compensar a perda de receitas - cortes nos gabinetes ministeriais e entrada da medida em vigor em outubro.

"PS e PCP e, diga-se em abono da verdade e com frontalidade, também o CDS-PP saem deste debate com o IVA da eletricidade no escalão máximo, mas saem inevitavelmente de cabeça baixa perante o que andaram a dizer e a prometer", acusou.

Rio considerou, por outro lado, que o 'chumbo' da "proposta sensata" do PSD de redução do IVA da eletricidade serviu para "o país ver a máscara socialista cair".

"Em boa verdade, toda esta gritaria apenas nos ajudou a entrar precocemente no ambiente carnavalesco de fevereiro, pois serviu para o país ver a máscara socialista a cair, no que concerne à sua real vontade em reduzir o IVA da eletricidade", apontou.

Rio criticou também "as afirmações de toque melodramático" feitas pelo Governo sobre este tema nos últimos dias, recordando que, há pouco tempo, o primeiro-ministro e o ministro das Finanças desvalorizaram discrepâncias que apontou entre quadros orçamentais no valor de 590 milhões de euros.

"No caso do IVA, menos de um terço da aludida bagatela de 590 milhões de euros pode ser, afinal, mais grave do que a própria bagatela", frisou.

SMA // JPS

Lusa/fim

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