Soros alerta que situação na Ucrânia tem a ver também com futuro da UE

| Mundo
Porto Canal / Agências

Berlim, 18 mar (Lusa) -- O investidor George Soros afirmou hoje, durante a apresentação de um livro seu em Berlim, que o que está a acontecer em Ucrânia tem a ver com o futuro deste país, mas também com o da União Europeia.

"O que se está a passar não tem a ver só com o futuro da Ucrânia, mas também com o futuro da União Europeia. É também uma oportunidade para que a Europa recupere o que foram os seus propósitos originais", disse.

Na Ucrânia, acrescentou, as pessoas mobilizaram-se contra o regime, guiados por uma ideia de Europa que na União Europeia se perdeu de vista.

"As pessoas mobilizaram-se pelo que pensavam que a União Europeia deveria ser", considerou.

Agora, a missão é ajudar o movimento democrático na Ucrânia e tornar esse país atrativo para as empresas europeias e procurar soluções para a crise da Crimeia através da negociação.

"Ninguém ganha a castigar a Rússia", advertiu.

"Tem de se negociar", resumiu.

Para Soros, a chanceler alemã deve assumir a liderança no caso da Ucrânia, o que, considerou, pode ser o começo de a Europa enfrentar a crise com uma estratégia acertada, o que implica a mudança das políticas de austeridade.

"As políticas de austeridade têm de mudar", disse.

"É verdade que a Alemanha conseguiu beneficiar muito as reformas estruturais da era do chanceler Gerhard Schroder, mas nesse momento a situação no muindo era outra. Existiam mercados que permitiam que as exportações crescessem com o aumento da competitividade", acrescentou.

Mas agora a situação é diferente e o principal perigo é a deflação.

Soros insistiu em que Merkel deve assumir a liderança e não seguir a opinião pública do seu país, como tem feito.

"Merkel tem uma grande habilidade em detetar a opinião pública e segui-la. Helmut Kohl não seguia a opinião pública, liderava-a. Merkel deve começar a liderar", argumentou.

RN // NS

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Vai ou não avançar com demissão? Pedro Sánchez responde às 11h

O primeiro-ministro de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, faz esta segunda-feira, pelas 11h (hora de Portugal Continental) uma declaração ao país depois de na quarta-feira ter revelado que ponderava demitir-se e que ia parar para refletir durante cinco dias.

Pedro Sánchez não se demite e diz-se "vítima de mentiras"

O primeiro-ministro de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, anunciou esta segunda-feira que continuará à frente do Governo do país, numa declaração em Madrid, no Palácio da Moncloa, a sede do Governo.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.