Ucrânia: G7 defende que referendo na Crimeia não terá qualquer valor jurídico

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Porto Canal / Agências

Washington, 12 mar (Lusa) -- Os sete países mais industrializados do mundo (G7) advertiram hoje que um referendo na Crimeia sobre a união da península com a Rússia não terá "nenhum valor jurídico", pedindo ainda a Moscovo para retirar o seu apoio à iniciativa.

Num comunicado divulgado pela Casa Branca, o grupo de sete países (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), em conjunto com os líderes da União Europeia (UE), pediu a Moscovo "para acabar com todos os esforços para mudar o estatuto da Crimeia contrária à lei ucraniana e em violação com a lei internacional".

"Qualquer referendo não terá nenhum valor jurídico", defendeu o G7.

"Dada a falta de uma preparação adequada e a presença intimidadora de tropas russas, também será um processo marcado por irregularidades que não terá qualquer força moral. Por estas razões, não iremos reconhecer o resultado", frisaram os países mais industrializados.

Esta posição do G7 é divulgada no mesmo dia em que o Presidente norte-americano, Barack Obama, recebe em Washington o primeiro-ministro interino ucraniano, Arseni Iatseniuk, e a poucos dias da realização da consulta pública na Crimeia, república autónoma localizada no sul da Ucrânia, agendada para o próximo domingo, dia 16.

As autoridades locais da Crimeia não reconhecem o novo Governo de Kiev e defendem o regresso ao poder de Viktor Ianukovich, destituído em fevereiro e atualmente refugiado na Rússia.

Forças pró-russas começaram a assumir posições estratégicas na Crimeia, território predominantemente habitado por russos, após a destituição de Ianukovich no passado dia 22 de fevereiro.

O G7 e a UE afirmaram igualmente que a anexação da Crimeia será uma "clara violação" da carta das Nações Unidas, bem como representará uma violação dos compromissos assumidos pela Rússia em vários tratados.

"Caso a Federação Russa der tal passo, iremos tomar outras medidas, individuais e coletivas", avisaram os líderes internacionais, que ainda apelaram a Moscovo para ajudar a atenuar a escalada da crise através do recuo das forças no território ucraniano, da redução de elementos para níveis anteriores à crise, mas também com conversações com as novas autoridades de Kiev e com o recurso a mediadores internacionais.

"Também lembramos a Federação Russa da nossa decisão de suspender a participação em quaisquer atividades relacionadas com a preparação da reunião do G8 em Sochi [sudoeste da Rússia] até que exista uma mudança de abordagem [por parte da Federação] e um cenário que permita uma discussão com significado no seio do G8", concluíram.

A cimeira em Sochi do G8, que integra os sete países mais industrializados e a Rússia, estava prevista decorrer em junho.

SCA // VM

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