Seguro renova apelo ao "bom senso" no sector da Educação

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 14 jun (Lusa) - O secretário-geral do PS reforçou hoje o seu apelo ao "bom senso" no setor da educação e afirmou depositar "fundadas expectativas" no resultado da reunião desta tarde entre o ministro da Educação e os sindicatos dos professores.

Falando aos jornalistas no final do debate quinzenal, na Assembleia da República, António José Seguro renovou o seu apelo ao "bom senso" para que termine o conflito com os professores.

Na quinta-feira "apelei ao bom senso e verifico que hoje há uma reunião entre o ministro da Educação [Nuno Crato] e os sindicatos. Volto a apelar ao bom senso, porque só com bom senso se pode sair desta situação, uma situação que é da responsabilidade do Governo", apontou o líder dos socialistas.

António José Seguro reiterou a sua convicção de que, na relação com os sindicatos dos professores, "o Governo deixou gangrenar a situação".

"Tenho uma grande expectativa de que da reunião de hoje possa sair uma solução. Esse é o meu desejo e o desejo do país. Este Governo cria problemas, alguém tem de pensar nas soluções", salientou.

Confrontado com o desafio feito pelo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, no sentido de que os socialistas esclareçam se estão ou não a favor da convocação de uma greve de professores para um dia em que os alunos são sujeitos a exames, António José Seguro deu a seguinte resposta: "No PS não é o PSD que manda", disse.

Interrogado sobre a intenção do executivo de alterar a lei em vigor no sentido de impedir que greves dos professores se possam realizar em datas de exames nacionais, o secretário-geral do PS referiu-se novamente ao apelo ao bom senso, alegando que está do lado da solução.

"Tenho fundadas expectativas de que possa haver bom senso na reunião de hoje à tarde", acrescentou.

Durante o debate quinzenal, o líder parlamentar do PSD desafiou o secretário-geral do PS a dizer se concorda ou discorda que haja greve de professores em dia de exames nacionais.

Na sua intervenção, Luís Montenegro alegou que o PS é o único partido que ainda não se posicionou publicamente sobre esta matéria e manifestou-se disposto a ceder um minuto do seu tempo para que António José Seguro esclarecesse a posição dos socialistas.

Porém, a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, respondeu que não estava nos seus poderes alterar o formato do debate quinzenal, e o líder parlamentar do PSD sugeriu então que António José Seguro dissesse o que pensa nas declarações que costuma fazer nos corredores do parlamento, a seguir aos debates quinzenais.

PMF (IEL) // SMA

Lusa/fim

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