Alberto João Jardim critica passividade da União Europeia na luta contra a crise
Porto Canal / Agências
Atenas, Grécia, 08 mar (Lusa) - O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, criticou hoje, em Atenas, a passividade da União Europeia na alteração da crise, opondo-se a que se continue a colocar "o acento tónico" nas contas públicas.
"A dois meses de eleições europeias, a União está muito passiva. Nesta altura acho que a União Europeia tinha de apresentar ideias novas, tinha de dar uma ideia de uma dinâmica que estaria apontada à alteração da atual crise. O acento tónico continua não nas pessoas mas nas contas públicas, esta não é a União Europeia da civilização europeia fundada nos direitos do indivíduo", afirmou Alberto João Jardim aos jornalistas na capital grega, Atenas, à margem da sexta Cimeira Europeia das Regiões e das Cidades.
Confrontado pelos jornalistas com a confirmação da indisponibilidade do presidente da Comissão Europeia para um terceiro mandato no cargo, Alberto João Jardim deixou a esperança "Durão Barroso não se reforme, porque ele se regressar a Portugal é um elemento muito válido para a valorização da política portuguesa".
Para o presidente do Governo Regional da Madeira, a cimeira de Atenas funcionou "como uma afirmação" das regiões e das grandes cidades europeias "a um certo retrocesso no poder das regiões dentro da Europa".
Alberto João Jardim considerou que a crise financeira "foi um pretexto" para cada Estado membro "voltar a um retrocesso na descentralização".
O governante elogiou ainda a declaração de Atenas, assinada durante a conferência pelos membros do Comité das Regiões, que critica a falta de envolvimento dos governos locais e regionais na estratégia Europa 2020 e define uma plano de ação para este novo quadro de fundos comunitários assente na dimensão territorial, nas parcerias, na importância da governança a vários níveis (europeu, nacional, regional, local), nos investimentos de longo prazo, em iniciativas "bandeira", na maior eficiência e na utilização dos fundos.
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