Os Verdes querem esclarecimentos sobre amianto em escola de Vila Pouca de Aguiar
Porto Canal / Agências
Vila Pouca de Aguiar, 07 mar (Lusa) -- O Partido Ecologista "Os Verdes" pediu hoje esclarecimentos ao Governo sobre a interrupção da remoção de amianto na escola EB2,3 de Vila Pouca de Aguiar, que foi realizada apenas num dos edifícios do estabelecimento de ensino.
O deputado José Luís Ferreira entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Ministério da Educação e Ciência sobre os motivos que justificaram a interrupção da intervenção para a remoção de amianto na EB2,3.
O parlamentar quer ainda saber quando é que o Governo prevê retomar as obras neste estabelecimento de ensino.
Segundo referiu, o Agrupamento Escolar de Vila Pouca de Aguiar -- Sul está incluído na lista das 52 escolas, divulgada em março do ano passado, para onde estavam previstas intervenções urgentes de remoção das coberturas de fibrocimento.
Esta iniciativa de José Luís Ferreira surge depois da Assembleia Municipal de Vila Pouca de Aguiar ter aprovado uma moção a reivindicar a conclusão das obras de remoção do amianto da escola EB2,3, onde, até ao momento, foi intervencionado apenas o pavilhão do refeitório.
António Gil, daquele agrupamento escolar, explicou no início da semana à agência Lusa que, na escola sede, ainda falta remover as placas de amianto de três pavilhões e das passagens que ligam os vários edifícios.
O responsável referiu que, nas férias do Natal, foi retirado o amianto do pavilhão n.º 4, que é o do refeitório, uma intervenção que custou 75 mil euros.
António Gil referiu que, neste momento, ainda não há informações sobre o passo seguinte, esperando, no entanto, que possa ocorrer o "mais rapidamente possível".
"É uma situação que preocupa sempre. O que ouvimos dizer é que o mais preocupante são as telhas que estejam partidas. Nós aqui não temos esse problema. Agora é claro que nós gostaríamos que nos substituíssem esses telhados e o mais rapidamente possível", frisou.
Para além da EB2,3, há ainda, segundo o responsável, a Escola Secundária que também possui amianto nas passagens e num balneário.
Na EB2,3 estudam 483 alunos e, na secundária, 472.
Desde 01 de janeiro de 2005 que a utilização do amianto está proibida na União Europeia (Diretiva 1999/77/CE) por ser um produto altamente tóxico e que poderá provocar cancro pulmonar, entre outras doenças do foro respiratório, causadas pela inalação continuada, das partículas dispersas no ar, devido a fissuras nas estruturas.
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