Défice em contabilidade pública poderá atingir os 8,9mM em 2013

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 13 jun (Lusa) - O défice orçamental em contabilidade pública foi revisto em alta e Portugal vai poder apresentar este ano um défice de 8,9 mil milhões de euros, segundo o memorando divulgado hoje pelo FMI.

No memorando de entendimento que é hoje divulgado juntamente com a análise feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no âmbito da sétima avaliação do programa de assistência financeira a Portugal são apresentados os novos limites trimestrais para o défice em contabilidade pública.

Segundo os dados apresentados, prevê-se agora que o défice global das administrações públicas possa chegar aos 8.900 milhões de euros no final do ano, enquanto no final de junho este valor não poderá ultrapassar os 6.000 milhões de euros e no final de setembro a meta é de 7.300 mil milhões de euros.

No anterior memorando, apresentado aquando da sexta revisão do programa de assistência português, estipulava-se como meta para o final de junho um défice de 4.500 milhões de euros e para o final de setembro um valor de 6.000 milhões de euros, não sendo ainda avançado um valor para o final do ano.

A revisão das metas do défice em contabilidade pública (ótica de caixa, ou seja, o dinheiro que efetivamente entra e sai) é justificada pela necessidade de compatibilizar estes valor com o aumento do défice em contabilidade nacional (uma ótica de compromissos assumidos e a que conta para a Comissão Europeia) de que Portugal vai usufruir.

De facto, apesar de apenas ser formalmente aprovado na próxima reunião de ministros das Finanças da zona euro a realizar no dia 21, é expectável que Portugal seja autorizado a apresentar um défice em contabilidade nacional de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e não os 4,5% inicialmente previstos.

No final do primeiro trimestre Portugal estava obrigado a apresentar um défice em contabilidade pública inferior a 1.900 milhões de euros, tendo apresentado um défice de 1.358 milhões de euros.

A avaliação hoje divulgada surge um dia depois de o Fundo ter discutido e aprovado a sétima avaliação a Portugal e o respetivo pagamento da oitava 'tranche' do empréstimo acordado, no valor de 657,47 milhões de euros, informou o Fundo.

VC // MLL

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