Águas do Porto diz que obra do quebra-mar de Leixões não vai ter implicações na qualidade da água e erosão costeira

Águas do Porto diz que obra do quebra-mar de Leixões não vai ter implicações na qualidade da água e erosão costeira
| Norte
Porto Canal com Lusa

O presidente do Conselho de Administração da Águas do Porto garantiu esta segunda-feira que a obra de extensão do quebra-mar do Porto de Leixões não vai ter implicações na qualidade da água das praias nem na erosão costeira.

"Eliminámos algo que para nós era imperioso ter, neste momento, nestas duas matérias, na questão do impacto sedimentar e erosão costeira e qualidade da água, entendemos que temos matéria e convicção para perceber que a extensão do quebra-mar não representa qualquer perigo para aquilo que nós queremos, que é pôr bandeiras azuis nas praias da cidade do Porto", afirmou Frederico Fernandes.

O presidente do Conselho de Administração da Águas do Porto, que falava durante a sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto desta segunda-feira, adiantou que os estudos, encomendados pelo grupo de trabalho e acompanhamento da obra à Universidade do Porto, Universidade de Aveiro e "outros técnicos especialistas", foram "taxativos".

Também o vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo, afirmou existir "unanimidade" entre os técnicos e a posição do Estudo do Impacto Ambiental (EIA) relativamente à erosão costeira, adiantando que esta não "irá ser agravada" com o prolongamento do paredão.

De acordo com Filipe Araújo, a revisão dos vários estudos relacionados com a obra permitiu ainda concluir que o "aumento da poluição" continua a estar relacionado com uma questão que, na sua ótica, "deve preocupar todos" que é a ribeira da Riguinha.

"O que existe neste momento e nos deve preocupar a todos naquela bacia hidrográfica é de facto um problema que se chama ribeira da Riguinha para o qual o município do Porto desde há alguns anos tem vindo a alertar para se conseguir uma solução que satisfaça a utilização da praia Internacional, em Matosinhos, todo o ano", frisou.

Filipe Araújo adiantou também que o grupo de acompanhamento, que integra as câmaras municipais de Matosinhos e do Porto, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o Provedor do Cliente de Leixões e a comunidade portuária, vai "exigir que sejam executadas uma série de medidas" no âmbito desta matéria, sendo a despoluição da ribeira da Riguinha uma das medidas.

Além da ribeira da Riguinha, outra medida que irá vigorar é um plano de gestão, monitorização e caracterização dos perfis de todas as praias de Matosinhos e do Porto, plano esse que segundo o vice-presidente da autarquia do Porto vai permitir "que toda a população perceba quais são as obrigações da APDL e quando as devem cumprir".

De acordo com Filipe Araújo, os estudos encomendados pelo grupo de trabalho brevemente serão tornados públicos, assim como os relatórios da APDL, que espera que sejam "em breve colocados" ao dispor da população com o intuito de "informar" e "suprir o défice de comunicação" que tem existido sobre esta matéria.

Em fevereiro, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou um investimento de cerca de 217 milhões de euros, dos quais 147 são investimento público, até 2023 no Porto de Leixões para aumentar a sua competitividade portuária.

As empreitadas envolvem o prolongamento do quebra-mar exterior em 300 metros, aprofundamento do canal de entrada, anteporto e bacia de rotação, a criação do novo terminal no Molhe Sul e a melhoria das condições de operação do porto de pesca.

Contudo, têm surgido várias críticas de partidos políticos, autarcas, surfistas e populares.

O Movimento "Diz Não ao Paredão", que contesta o prolongamento do quebra-mar de Leixões, já criou um abaixo-assinado e organizou uma manifestação e uma marcha entre o Porto e Matosinhos para unir as cidades nesta luta.

Em março, a Câmara Municipal de Matosinhos aprovou um documento em que defende que as obras em Leixões não devem ser adjudicadas enquanto não forem apresentados o projeto global e a avaliação de impacto ambiental. Contudo, a Assembleia Municipal rejeitou com os votos contra do PS e PCP uma proposta a solicitar a suspensão do concurso.

A APDL, por seu lado, garante que o prolongamento do quebra-mar "não vai acabar com as ondas nem com o surf, nem vai transformar a praia num lago".

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