"Distinção" entre ensino universitário e politécnico "é uma vantagem" -- David Justino

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Porto Canal / Agências

Porto, 25 fev (Lusa) - O antigo ministro e presidente do Conselho Nacional de Educação concorda com a "distinção" entre o ensino superior universitário e o politécnico, considerando que tal é "uma vantagem" do sistema português.

David Justino comentou assim a notícia de que o Governo quer uma diferenciação clara entre ensino politécnico e ensino universitário, reforçando o cariz científico das universidades e o de preparação para a vida profissional dos politécnicos.

A proposta, que pode permitir diferentes condições de acesso a esses subsistemas, consta do documento do Governo com as orientações estratégicas para a reforma do ensino superior.

"Este sistema binário está consagrado na lei de bases", disse David Justino, após dar uma conferência sobre o ensino superior em Portugal na sessão solene do Dia do Instituto Politécnico do Porto.

O ex-ministro da Educação considera que esse dualismo "é um bom princípio e é uma vantagem do ensino superior português, porque respeita procuras e oportunidades diferentes".

"O que pode não ter sentido é que vivam de costas voltadas um para o outro", referiu, lembrando que fez ali mesmo um "apelo" para que se encontrem "mecanismos de colaboração não só entre politécnicos e universidades" e também dentro destas, visando "encontrar formas de colaboração através de partilha e mobilidade de recursos".

David Justino acrescentou que é preciso "potenciar e, acima de tudo, utilizar melhor os recursos que estão disponíveis".

"As nossas instituições não podem continuar de costas voltadas. Esse é o principal desafio", insistiu.

O que o preocupa também, neste dualismo entre o universitário e o politécnico, é o que designou por "status".

"Nunca percebi por que é que alguns estabelecimentos politécnicos não podem conferir doutoramentos", afirmou, arrancando aplausos imediatos entre muitos dos que ouviam.

Acrescentou também não perceber por que "há universidades que oferecem doutoramentos" sem terem condições para isso.

"O critério tem que ser a competência", referiu

David Justino recusou, por outro lado, comentar os cursos superiores com a duração de dois anos que Governo pretende introduzir já no próximo ano letivo, dizendo que o assunto "ainda está em apreciação no Conselho Nacional de Educação", a que preside.

AYM // GC.

Lusa/fim

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