Dezenas de portugueses perderam casas e bens em Moçambique devido ao ciclone
Porto Canal com Lusa
Bruxelas, 18 mar (Lusa) -- O ministro dos Negócios Estrangeiros disse hoje, em Bruxelas, que "até agora não há registo de cidadãos portugueses mortos, feridos ou em situação de perigo" devido à passagem do ciclone Idai em Moçambique, mas "várias dezenas perderam casas e bens".
"Felizmente, até agora não temos registo de cidadãos portugueses mortos, feridos ou em situação de perigo, mas ainda não conseguimos contactar todos (...) Infelizmente, temos já notícia de várias dezenas de compatriotas nossos que perderam as suas casas e os seus bens e que se encontram alojados, por exemplo, em unidades hoteleiras ou noutras casas de amigos ou vizinhos e estamos a fazer os levantamentos desses danos nos bens pessoais", disse Augusto Santos Silva.
O chefe de diplomacia, que falava no final de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, indicou que a equipa avançada enviada a partir da embaixada em Maputo para prestar apoio ao cônsul-geral na Beira e à sua equipa "bateu toda a zona centro da cidade da Beira e as estradas que se encontram transitáveis", tendo feito um "reconhecimento nos hospitais e unidades de saúde locais para ver se havia portugueses entre as vítimas".
Congratulando-se por não haver para já registo de vítimas ou portugueses em situação de perigo -- "por exemplo isolados pelas águas ou em aldeias ou povoação em risco de catástrofe" -, o ministro ressalvou todavia que ainda "é prematuro dar por concluído esse levantamento", pois, até devido às grandes dificuldades de comunicações, ainda não foi possível contactar todos os milhares de portugueses registados na região.
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