Pais de jovens que morreram no Meco apresentam queixa-crime contra sobrevivente
Porto Canal / Agências
Setúbal, 14 fev (Lusa) - Os pais dos seis jovens que morreram na praia do Meco vão apresentar "queixa-crime contra o sobrevivente, João Gouveia, algumas entidades e incertos", disse hoje à Lusa a mãe de uma das vítimas, sem especificar a que entidades se referia.
"Vamos apresentar uma queixa-crime porque já é muito tempo de espera. E o requerimento que apresentámos, para nos constituirmos como assistentes do processo, ainda não foi deferido", disse Fernanda Cristóvão, mãe de Ana Catarina Soares, uma das seis vítimas da tragédia de 15 de dezembro na praia do Meco, concelho de Sesimbra.
Inconformados com o silêncio de João Gouveia, que nunca acedeu a dar-lhes qualquer explicação sobre as circunstâncias em que morreram os seis jovens, os familiares decidiram hoje avançar com a queixa-crime, mas remetem mais explicações para o advogado que os representa, Vítor Parente Ribeiro.
A agência Lusa tentou falar com o advogado ao final do dia, mas ainda não foi possível estabelecer contacto.
A decisão dos familiares dos seis jovens que morreram na praia do Meco na madrugada de 15 de dezembro, ocorre poucas horas da reconstituição da tragédia pela Policia Judiciária de Setúbal, com a colaboração do sobrevivente, João Gouveia.
Durante mais de duas horas, a Polícia Judiciária tentou perceber as circunstâncias em que morreram os seis jovens, dois rapazes e quatro raparigas, todos alunos da Universidade Lusófona de Lisboa.
Segundo João Gouveia, o grupo de sete jovens, que estava a passar o fim de semana numa casa alugada na localidade de Aiana de Cima, no âmbito das atividades da comissão de praxes da Lusófona, terá sido arrastado por uma onda quando se encontrava na praia do Meco.
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Lusa/fim.