Famílias das vítimas do Meco aguardam resposta a pedido para serem assistentes

Famílias das vítimas do Meco aguardam resposta a pedido para serem assistentes
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Porto Canal

As famílias dos jovens que morreram na praia do Meco aguardam ainda resposta ao pedido para serem assistentes no processo e "continuam a recolher diversos elementos" de prova para o Ministério Público, indicou o advogado.

Vítor Parente Ribeiro referiu à Agência Lusa que "continua a aguardar" a notificação de que os pais dos seis jovens são assistentes no processo, admitindo que se a resposta não chegar até hoje, tomará a iniciativa de se reunir com os familiares das vítimas, podendo o caso "evoluir para outro patamar", sem especificar qual.

A decisão de tornar as famílias assistentes no processo, explicou, compete ao juiz de instrução criminal de Almada, desconhecendo o advogado qual foi a posição do Ministério Público quando ao pedido em causa.

Admitindo que a análise destas questões processuais são demoradas, Vitor Parente Riberio salientou que os familiares dos jovens "continuam a reunir diversos elementos que serão entregues ao Ministério Público logo que sejam admitidos como assistentes no processo".

O pedido para serem assistentes no processo foi formulado no passado dia 03 pelos familiares das vítimas junto do Tribunal de Almada, altura em que apelaram ao único sobrevivente da tragédia - João Miguel Gouveia - para que fale com eles sobre o que aconteceu. Entretanto, o "Dux" já foi interrogado como testemunha no âmbito da investigação.

Na altura, Vítor Parente Ribeiro afirmou que as famílias serem assistentes no processo é o "primeiro passo" no sentido da descoberta da verdade, notando que a vantagem é a de terem acesso aos despachos e poderem pedir a realização de certas diligências.

Entretanto, a Universidade Lusófona marcou para hoje uma missa em memória dos seis jovens, mas alguns famíliares já disseram que não vão comparecer.

As famílias foram convidadas, na semana passada, a estar presentes na cerimónia religiosa que será celebrada na Igreja da Paróquia do Campo Grande.

António Soares, pai de Ana Catarina Soares, uma das jovens que morreu no Meco, disse que a sua família não iria estar presente e que não iriam "fazer rigorosamente nada" no dia que se assinalam dois meses do acidente.

"Nós não vamos. Falámos com outros pais que também não vão, mas cada um decide por si. Eles (representantes da Universidade Lusófona) não estiveram presentes nas cerimónias realizadas no primeiro mês (na praia do Meco) e agora organizam esta iniciativa. Não tem a ver com religião nem com a cerimónia em si", disse à Lusa António Soares.

Já sobre o inquérito interno para "aclaração dos factos", que Universidade Lusófona decidiu abrir a 20 de janeiro e que deverá estar concluído em 40 dias, também não há novidades.

A porta-voz da Lusófona disse à Lusa que ainda não havia "nada a comunicar", uma vez que "o processo que está a ser desenvolvido pelo gabinete jurídico ainda está a decorrer e o prazo só termina no final de fevereiro".

As seis vítimas que morreram na praia do Meco (quatro raparigas e dois rapazes) faziam parte de um grupo de sete estudantes universitários que tinham alugado uma casa na zona, para passar o fim de semana.

Segundo as autoridades, uma onda arrastou-os na madrugada de 15 de Dezembro, mas um dos universitários conseguiu sobreviver e dar o alerta. Os corpos dos restantes foram encontrados nos dias que se seguiram.

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