Associação de doentes com cancro preocupada com consequência da paralisação dos enfermeiros

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 08 fev (Lusa) -- A associação de apoio ao doente com cancro digestivo manifestou hoje a sua preocupação com "as graves consequências" da greve dos enfermeiros para os doentes oncológicos.

Num comunicado enviado à agência Lusa já com a requisição civil em vigor em quatro hospitais, a associação Europacolon entende que a greve cirúrgica dos enfermeiros "está a aportar danos e sofrimento irreparáveis aos doentes oncológicos".

A associação que apoia os doentes com cancro digestivo, como cancro do intestino, lembra que o Serviço Nacional de Saúde atravessa dificuldades com as listas de espera para cirurgia "já numa situação normal", sendo que a situação é agravada com adiamentos de cirurgias provocados pela greve em blocos operatórios.

"A cirurgia na área oncológica é o ato prioritário com intenção curativa que deve ser efetuado o mais rapidamente possível", refere o comunicado, que apela a que todas as cirurgias oncológicas sejam sempre colocadas nos serviços mínimos a definir para as greves no setor da saúde.

A quimioterapia e a radioterapia estão sempre enquadradas nos serviços mínimos decretados na paralisação do setor.

Na atual greve dos enfermeiros, que decorre até ao fim do mês, bem como na paralisação do final do ano passado, a questão dos doentes oncológicos foi alvo de debate.

As cirurgias oncológicas consideradas de grau mais prioritário estiveram enquadradas nos serviços mínimos, mas nem todas as operações a doentes com cancro estavam salvaguardadas.

O Governo decretou na quinta-feira requisição civil para tentar travar a greve dos enfermeiros nos blocos operatórios.

A requisição civil abrange quatro centros hospitalares onde alegadamente não foram cumpridos os serviços mínimos: Centro Hospitalar e Universitário de S. João, no Centro Hospitalar e Universitário do Porto, no Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga e no Centro Hospitalar de Tondela-Viseu.

Os hospitais de Gaia/Espinho, Garcia de Orta (Lisboa) e Braga ficaram de fora da requisição civil.

Hoje, a greve em blocos operatórios foi alargada ainda a três novos hospitais por um pré-aviso que já estava emitido desde finais de janeiro: Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Hospital de Setúbal e Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.

Assim, a greve em curso nos blocos cirúrgicos passa a abranger 10 hospitais, sendo que em quatro deles está decretada uma requisição civil.

ARP // SB

Lusa/fim

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