CDOS de Braga e Vila Real recusam não ter atendido chamada sobre acidente de Valongo

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Porto Canal com Lusa

Porto, 16 dez (Lusa) -- Os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) de Braga e de Vila Real recusaram hoje não ter atendido a chamada da NAV sobre o acidente de Valongo, garantindo ter operadores "em permanência 24 horas por dia".

Em declarações à Lusa, o comandante do CDOS de Braga, Hermenegildo Abreu, garantiu que "qualquer chamada" ali recebida "é atendida conforme a sequência de entrada", considerando por isso "muito estranho" que a NAV, empresa que gere a navegação aérea, diga que aquela entidade "não atendeu" uma chamada feita ao fim da tarde de sábado devido à perda de contacto com o helicóptero do INEM que caiu em Valongo.

Para o comandante do CDOS de Vila Real, Álvaro Ribeiro, é também "muito esquisito" que uma chamada de quem quer que seja não tenha sido atendida, porque "a sala de operadores tem sempre dois operadores em permanência, 24 sobre 24 horas".

A Lusa tentou também, sem sucesso, contactar o comandante do CDOS do Porto.

A NAV, que gere a navegação aérea, revelou hoje que, pelas 19:20 de sábado, foi tentado o contacto com os CDOS do Porto, Braga e Vila Real "que não atenderam".

"Só após contactar o CDOS de Coimbra, que reencaminhou a chamada para o Porto, é que se conseguiu contactar o CDOS do Porto", vincou a NAV.

O ministro da Administração Interna j+a anunciou ter ordenado à Proteção Civil a abertura de um "inquérito técnico urgente" ao funcionamento dos mecanismos de reporte da ocorrência e de lançamento de alertas relativamente ao acidente com o helicóptero do INEM.

Numa nota enviada hoje à comunicação social, o ministro Eduardo Cabrita anuncia que "determinou à Autoridade Nacional de Proteção Civil a abertura de um inquérito técnico urgente ao funcionamento dos mecanismos de reporte da ocorrência e de lançamento de alertas em relação ao acidente que envolveu o helicóptero do INEM e que vitimou quatro pessoas".

O comandante distrital do Porto da Proteção Civil, Carlos Alves, disse hoje que o aviso da queda da aeronave que fez quatro vítimas mortais chegou à Proteção Civil "às 20:15", cerca de duas horas após o último contacto da aeronave com a torre de controlo.

A queda de um helicóptero do INEM, ao final da tarde de sábado, no concelho de Valongo, distrito do Porto, causou a morte aos quatro ocupantes.

A bordo do aparelho seguiam dois pilotos e uma equipa médica, composta por médico e enfermeira.

A aeronave em causa é uma Agusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto.

Este é o acidente aéreo mais grave ocorrido este ano em Portugal, elevando para seis o número de vítimas mortais em acidentes com aeronaves desde janeiro.

ACG (HN/RCS/JGS) // PMC

Lusa/Fim

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