Junta insatisfeita com alterações ao projeto de requalificação do Martim Moniz em Lisboa

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 07 dez (Lusa) -- A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, continua insatisfeita com o projeto de requalificação da praça do Martim Moniz, mesmo após alterações, considerando-o "desagradável" e "disfuncional", foi hoje anunciado.

Numa nota enviada à comunicação social, assinada pelo presidente da junta de freguesia, Miguel Coelho (PS), é apontado que o projeto apresentado pelo concessionário na quinta-feira "contém alterações insatisfatórias e, uma vez mais, não corresponde às exigências e necessidades da população".

Miguel Coelho afirma que o projeto continua a ser "desagradável do ponto de vista estético e disfuncional do ponto de vista da utilização".

O autarca considera que "o licenciamento do horário alargado não respeita o descanso das famílias e propicia atividades indesejadas", defendendo que o ruído não deveria ser permitido após as 22:00.

No seu entender, "o parque infantil, cuja data de construção é desconhecida e que por ora não passa de uma intenção não contemplada no projeto, é um equipamento essencial para bom usufruto do largo, nomeadamente para famílias com crianças que não encontram na proximidade uma alternativa".

Relativamente aos contentores previstos para a requalificação do Martim Moniz, a autarquia defende que "a substituição de contentores por módulos é uma alteração fantasma", já que as imagens indicam que o espaço continuará "ocupado por contentores", apesar do "aspeto diferente do original".

Além disso, "continua a haver uma sobreposição em altura, o que coloca mais um problema de obstáculos verticais ao bairro da Mouraria, já emparedado pelos centros comerciais", dá conta o comunicado.

O projeto de requalificação daquela praça na freguesia de Santa Maria Maior já era conhecido, mas foi alvo de duras críticas numa sessão de apresentação à população, organizada pela junta em 21 de novembro.

Nesse encontro, a população rejeitou a solução apresentada, que passa pela substituição das estruturas comerciais atuais por contentores modificados, e pediu que o local desse lugar a um jardim.

Na quinta-feira, Geoffroy Moreno, representante do concessionário, anunciou modificações ao projeto, para ir ao encontro das preocupações manifestadas nessa sessão, mas apontou que a praça irá mesmo ter contentores que serão "descascados" e que o esqueleto da estrutura "será revestido" com outros materiais, para ser adaptado ao comércio ou serviço que irá albergar.

Apesar de os populares terem pedido um jardim, a praça vai contar com um mercado, à semelhança do que já lá existia até agora, mas será "totalmente aberto" - um "espaço público sem fronteiras nem barreiras".

Geoffroy Moreno falou numa diminuição de 40% da área concessionada e afirmou que haverá um "reforço das árvores, floreiras e trepadeiras" na praça, que contará também com mais mesas e cadeiras para uso livre, mesmo sem consumo no mercado.

A requalificação da praça do Martim Moniz vai custar ao município três milhões de euros e deverá arrancar no "início do próximo ano", adiantou na quinta-feira o representante do concessionário, estimando que as obras terminem no verão.

TYS (FYM) // ROC

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