Bloco de Esquerda quer saber se MAI suspendeu GNR que agrediram formandos

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 03 dez (Lusa) -- O Bloco de Esquerda (BE) questionou hoje o Ministério da Administração Interna sobre a suspensão ou manutenção no ativo dos formadores da GNR que terão agredido 10 formandos de um curso de uso de bastão extensível.

Considerando que as notícias são "de uma gravidade extrema", o grupo parlamentar do BE enviou hoje várias questões ao ministério de Eduardo Cabrita, para saber que "medidas concretas" foram tomadas para apurar o sucedido.

Em causa estão notícias de que dez formandos do 40.º curso do Centro de Formação da GNR, em Portalegre, terão sofrido graves lesões e traumatismos durante o módulo "curso de bastão extensível", que obrigaram em alguns casos a internamento hospitalar e a intervenções cirúrgicas.

Entre as questões apresentadas pelo Bloco, conta-se ainda saber se os formadores foram suspensos e se os formandos agredidos poderão ser prejudicados.

O BE pergunta ainda se o Ministério da Administração Interna está a ponderar encontrar uma nova forma de selecionar os formadores.

Referindo que "a formação de forças de segurança, seja ela qual for, não pode ser um laboratório de agressões e de humilhações por parte de quem tem a responsabilidade de formar profissionais que, no futuro, garantirão a segurança de pessoas e bens", o partido lembra que as agressões atingiram cidadãos.

A Guarda Nacional Republicana confirmou à Lusa a ocorrência numa ação de formação de dez formandos, tendo determinado um processo de averiguações, que ainda não está concluído.

No domingo, o Ministério da Administração Interna ordenou à Inspeção Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito sobre o alegado espancamento, medida que o Ministério Público secundou hoje.

Segundo o MAI, este inquérito visa o "apuramento dos factos e determinação de responsabilidade" sobre o caso, que a confirmarem-se "não são toleráveis numa força de segurança num Estado de Direito democrático".

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pediu também esclarecimentos ao Comando-geral da GNR sobre os factos.

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