S. João da Madeira, 06 fev (lusa) - A Câmara de S. João da Madeira aprovou a abertura do concurso público para escolha da empresa que irá construir as novas piscinas municipais, que, desenhadas pelo arquiteto Souto Moura, "se pagarão a si próprias em cinco anos".

Depois de esse procedimento concursal ter sido chumbado na semana passada pela Oposição, que se encontra em maioria no Executivo municipal, a medida voltou a ser discutida quarta-feira à noite e passou então com os votos a favor do PSD, que lidera a Câmara. O vereador independente manteve o seu voto contra e os três do PS mudaram o seu para a abstenção.

Para o presidente da Câmara, Ricardo Oliveira Figueiredo, isso significa que "prevaleceu o bom juízo", pelo que pode agora avançar o projeto cujo investimento estimado é na ordem dos 4,5 milhões de euros e "se paga a si mesmo, no pior dos cenários, em cinco anos".

Para isso contribuirão os ganhos de eficiência energética previstos com o novo imóvel e a receita resultante da sua ampliada capacidade de resposta à procura, o que não invalida, da parte do autarca, a garantia de que "o projeto só se concretizará se for financiado por fundos europeus".

Isso depende, contudo, de o projeto ser objeto de candidatura a fundos europeus antes do final de março. "Esperamos que não seja demasiado tarde para se obter o necessário financiamento comunitário, uma vez que este foi um longo processo, que incluiu diversos adiamentos e quatro agendamentos para reunião de Câmara", observa o autarca.

O novo equipamento de S. João da Madeira incluirá uma piscina para bebés, uma piscina de aprendizagem com pistas de 50 metros para treino, uma piscina de 25 metros que permite a realização de competições de nível nacional e internacional, e uma piscina lúdica e de reabilitação física, com jardim de inverno.

O espaço idealizado por Souto Moura será ainda complementado por um ginásio e uma cafetaria, ocupando todas essas valências o mesmo piso térreo, que comunicará diretamente com o relvado das atuais piscinas exteriores.

Num parecer técnico remetido à autarquia, a própria Federação Portuguesa de Natação reconhece o seu agrado pelo facto de as novas piscinas "consubstanciarem um edifício com certificação energética LEED" (correspondente ao mais alto standard internacional em termos de eficiência).

"Esta será mesmo a primeira piscina com certificação LEED em Portugal e, possivelmente, na Europa também", realça Ricardo Oliveira Figueiredo, a propósito daquele que considera "um equipamento estratégico para a cidade".

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