Jornalista saudita condenado a 12 anos de prisão por declarações na televisão
Porto Canal / Agências
Riade, 04 fev (Lusa) - Um tribunal saudita condenou hoje um jornalista por "desobediência ao rei" e por denegrir o país em declarações que fez na televisão, sugerindo que o terrorismo teve origem na Arábia Saudita, indicaram os 'media'.
O condenado, identificado pela imprensa local como Wajdi al-Ghazzawi, também foi acusado de ter "contactado um inimigo da Arábia Saudita na altura (em 2009) e de ter recebido uma soma suspeita deste", referiu a agência noticiosa SPA.
A agência não disse qual o país, mas outros órgãos de informações afirmaram que se trata da Líbia, que em 2009, ainda sob a liderança de Muammar Kadhafi, registava alguma tensão nas relações com Riade.
O tribunal condenou o acusado "por desobedecer ao rei num programa de televisão, incitar à sedição, denegrir o reino e afirmar que o terrorismo e a Al-Qaida foram criados pela Arábia Saudita".
O jornalista ficou ainda proibido de sair do país durante 20 anos e de aparecer nos 'media'.
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