Nova ministra da Saúde "é uma réstia de esperança" para último ano de mandato - FNAM

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 14 out (Lusa) - A Federação Nacional dos Médicos considerou hoje a nomeação de Marta Temido para ministra da Saúde "uma réstia de esperança" para o último ano de mandato do Governo, esperando que tenha uma "postura diferente" com os profissionais do setor.

"Com este ministro [Adalberto Campos Fernandes] e a sua equipa não negociávamos nada, era um ministro que não aceitava negociar nem aceitava as negociações. Estivemos três anos sem qualquer tipo de negociação viável em relação a descongelamentos, a grelhas a concursos", disse à agência Lusa o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), João Proença.

Para João Proença, Adalberto Campos Fernandes "era um ministro ausente e sempre favorável aos interesses dos grupos económicos privados", esperando agora da nova ministra uma postura diferente.

"Espero que com a nova ministra seja uma situação completamente diferente, que tenha uma postura diferente em relação aos médicos, enfermeiros e a todos os trabalhadores da saúde e nomeadamente na defesa do Serviço Nacional de Saúde público, de qualidade e com melhores ordenados para impedir que as pessoas saiam todas do público e vão para o privado", defendeu o presidente da FNAM.

Lamentou ainda que o "serviço de saúde público" esteja "a desfazer-se por causa das medicas económicas e políticas que têm sido tomadas nos últimos três anos".

Por isso, vincou, a "nomeação de Marta Temido é uma réstia de esperança para o último ano de mandato" do Governo.

O primeiro-ministro propôs hoje a nomeação de Marta Temido para nova ministra da Saúde, em substituição de Adalberto Campos Fernandes, o que foi aceite pelo Presidente da República.

Especializada em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, Marta Temido exercia os cargos de subdiretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e de presidente não executiva do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa .

Entre 2016 e 2017, foi presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde.

Além de Adalberto Campos Fernandes, o chefe do executivo substituiu hoje também os ministros da Defesa, da Economia e da Cultura.

HN (PMF) // HB

Lusa/Fim

+ notícias: Política

Governo responde a Marcelo. "Não está em causa nenhum processo" para reparação do passado colonial

O Governo afirmou este sábado que “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito” de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará “pela mesma linha” de executivos anteriores.

Passado colonial português. Chega vai apresentar na AR voto de condenação a Marcelo

O Chega vai apresentar na próxima semana, na Assembleia da República, um voto formal de condenação ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e às declarações que proferiu sobre a reparação devida pelo passado colonial português, anunciou o partido.

Ministro da Agricultura acusa anterior Governo de desperdiçar PRR e alerta contra “radicalismo verde”

O ministro da Agricultura acusou este domingo o anterior Governo de ter “desperdiçado a oportunidade” de usar a totalidade dos fundos do PRR à disposição de Portugal, e alertou para o que chamou de “radicalismo verde” contra os agricultores.