Primeiro-Ministro turco avisa manifestantes que "vão pagar" por protestos contra Governo

Primeiro-Ministro turco avisa manifestantes que "vão pagar" por protestos contra Governo
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Porto Canal

Os manifestantes turcos recusaram hoje desmobilizar depois de o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, ter avisado que "pagariam um preço" pelas demonstrações contra o seu Governo conservador e de raiz islâmica, no poder há uma década.

Segundo noticia a AFP, enquanto a polícia antimotim tentou, pela segunda noite consecutiva, desmobilizar milhares de manifestantes na capital Ancara, recorrendo a gás lacrimogéneo e a jatos de água, Erdogan protagonizou uma série de iniciativas instigando os apoiantes do seu Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) através de uma forte retórica combativa.

"Aqueles que não respeitarem o partido no poder vão pagar um preço", afirmou perante milhares de seguidores em Ancara, a apenas alguns quilómetros dos conflitos na praça Kizilay, na baixa da cidade, no âmbito da onda de protestos contra o Governo que dura há já duas semanas.

"Temos sido pacientes, continuamos pacientes, mas há um limite para a nossa paciência", alertou Erdogan.

Em sinal de apoio à demonstração de força do Governo, os simpatizantes do executivo interromperam frequentemente o discurso do primeiro-ministro com aplausos e cânticos com o 'slogan' 'A Turquia tem orgulho em ti'.

Dezenas de milhares de manifestantes saíram à rua em protesto contra o Governo turco durante o último fim de semana, invadindo cidades por todo o país, incluindo Istambul, Ancara e Izmir.

A praça Taksim, em Istambul, centro simbólico deste movimento de protesto, tem vindo a atrair os maiores grupos de manifestantes, que, numa atmosfera festiva, dançam e gritam 'Erdogan, demite-te'.

Os confrontos começaram a 31 de maio, com a forte reação policial a uma campanha para evitar a demolição do Gezi Park, em Istambul, localizado junto à praça Taskim. Os atritos acabaram por se replicar por todo o país, com manifestações contra Erdogan e o seu partido, encarado como crescentemente autoritário.

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