Associação Zero diz que limite de 1,5 graus pode travar "terríveis consequências" do aquecimento global

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Porto Canal com Lusa

Os ambientalistas da Zero notaram esta segunda-feira que um novo relatório sobre alterações climáticas traz "novas evidências de que muitas das terríveis consequências futuras do aquecimento global podem ser evitadas, respeitando o limite de 1,5º Celsius".

Atualizado 09-10-2018 15:20

O relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) "também confirma que ainda é possível manter o aumento da temperatura global abaixo deste limite, mas requer uma mudança rápida e de longo alcance em todos os setores da economia", indicou a associação.

O documento do IPCC, divulgado na cidade sul-coreana de Incheon, surgiu após uma reunião de cinco dias, em que participaram 570 representantes de 135 países.

Este documento foi encomendado pela ONU na sequência do Acordo Climático de Paris de 2015, no qual os signatários se comprometeram a manter o aquecimento global abaixo de 2ºCelsius (C) e limitá-lo a 1,5ºC em relação aos valores do século XIX.

Este relatório deverá ser usado como base nas discussões da 24.ª conferência do clima, que se vai realizar em Katowice (Polónia), em dezembro.

A Zero sublinhou que qualquer nível de aquecimento tem "impactos adversos", mas que há diferenças se os valores são de 1,5ºC ou de 2ºC.

"Manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C significa uma diminuição das pessoas expostas a ondas de calor, chuvas fortes, secas, tempestades e inundações", assim como poder conter o aumento do nível do mar "10 centímetros abaixo do esperado até 2100, poupando as habitações de milhões de pessoas que vivem em zonas costeiras ou em ilhas".

Para a Zero, manter esse nível de aquecimento requer mudanças, mas apenas se os decisores políticos "agirem agora", mas o relatório do IPCC "traz esperança" se houver um trabalho conjunto para repensar como se organizam as sociedades.

Em comunicado, o presidente da Zero, Francisco Ferreira, argumentou que este documento "reforça a necessidade de cada um dos países, incluindo Portugal, ir muito mais além e mais depressa em relação ao atualmente previsto".

"O roteiro para a neutralidade carbónica em 2050 que o Governo está a preparar é uma oportunidade única que tem de ser concretizada pelos próximos governos, num consenso alargado de todas as forças políticas e assumido por toda a sociedade", acrescentou.

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