Escola em Fragoso, Barcelos, fechada a cadeado por falta de pavilhão
Porto Canal
A Escola Básica Integrada de Fragoso, em Barcelos, foi hoje fechada a cadeado, em mais um protesto contra a falta de um pavilhão gimnodesportivo, constatou a agência Lusa no local.
Os mentores do protesto colocaram contentores do lixo em frente do portão principal da escola e penduraram faixas no gradeamento, dando conta do seu descontentamento pela inexistência de um pavilhão.
O diretor da escola, Manuel Amorim, disse que os alunos "têm muita razão para protestarem", considerando que "13 anos à espera [do pavilhão] é tempo de mais".
Fechado a cadeado apareceu também o jardim-de-infância contíguo à escola, mas esse cadeado já foi retirado pela direção do agrupamento. Quanto ao da escola, permanecia cerca das 10:00.
Este é o segundo protesto do género no atual ano letivo, tendo o primeiro ocorrido em novembro, altura em que alunos e pais se queixam de que a falta de pavilhão inviabiliza as aulas de Educação Física sempre que chove ou quando faz muito calor, neste caso devido ao "brutal" aquecimento do piso dos campos exteriores.
A alternativa passa quase sempre por irem para uma sala, "ver filmes", disseram, então, sublinhando que aquela escola tem 15 anos, mas a construção do pavilhão foi sendo sempre adiada.
O equipamento chegou a estar previsto na parceria público-privada (PPP) Barcelos Futuro, lançada pelo executivo de Fernando Reis (PSD).
Entretanto, a Câmara mudou para o PS e aquela PPP acabaria por ser suspensa, uma decisão justificada pelo presidente do executivo, Miguel Costa Gomes, com os "incomportáveis e inadmissíveis" encargos financeiros que a parceria acarretaria para o Município.
Aquando do protesto de novembro, o vice-presidente da Câmara de Barcelos, Domingos Pereira, disse que o pavilhão daquela escola já tem projeto aprovado e o arranque da obra depende apenas da aprovação do financiamento dos fundos europeus.
O autarca explicou que a obra já foi candidatada ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), mas entretanto ficou em "stand-by", devido a uma "alteração da afetação dos fundos".
Disse ainda que o projeto inicial orçava em 700 mil euros mas foi entretanto reformulado, situando-se atualmente no meio milhão.
Garantiu que o gimnodesportivo da escola de Fragoso terá, da parte da Câmara, "prioridade máxima" nas candidaturas ao novo quadro comunitário de apoio.