Grupo de cidadãos japoneses vai processar PM por ter visitado santuário polémico
Porto Canal / Agências
Seul, Coreia do Sul, 24 jan (Lusa) - Um grupo de cidadãos japoneses anunciou que vai processar o primeiro-ministro, Shinzo Abe, alegando que a sua recente visita ao polémico santuário de Yasukuni violou o princípio constitucional que separa o Estado e a religião.
Este grupo planeia apresentar a sua ação aos tribunais de Tóquio e Osaka, exigindo uma compensação económica pela "angústia emocional" que lhes provocou este gesto "anticonstitucional", segundo a agência Kyodo.
A 26 de dezembro, Shinzo Abe visitou o santuário, que homenageia os 14 oficiais e militares condenados como criminosos de guerra pelos seus atos antes e durante a II Guerra Mundial, o que gerou duras críticas por parte da China e da Coreia do Sul.
Abe, que foi o primeiro chefe de Governo a visitar Yasukuni desde que Junichiro Koizumi o fez entre 2001 e 2006, disse ter-se tratado de uma "visita privada".
Os tribunais japoneses rejeitaram uma ação semelhante contra Koizumi apresentada por outro grupo de cidadãos que também argumentava que essas visitas eram inconstitucionais.
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