Vieira da Silva defende que medidas da Concertação Social reforçam combate à precariedade

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 07 jun (Lusa) - O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, recusou hoje que haja contradição entre as medidas negociadas com os parceiros parlamentares do Governo e as da Concertação Social, considerando que reforçam a eficácia do combate à precariedade.

"Não considero, com toda a sinceridade, que outras alterações que foram geradas no âmbito do processo negocial da Concertação Social, que o Governo sempre valorizou e valorizará, sejam contraditórias, bem pelo contrário, são medidas que vêm reforçar a eficácia do combate à precariedade", disse Vieira da Silva aos jornalistas na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros.

O ministro do Trabalho respondia à coordenadora do BE, Catarina Martins, que considerou hoje que "seria muito estranho que o PS preferisse negociar" a legislação laboral com a direita, acusando o Governo de não manter o negociado com o partido sobre precariedade.

"O essencial das medidas inseridas nos diplomas resultam de um trabalho que foi feito em particular com os nossos parceiros parlamentares. A maior parte das medidas têm a ver com esses acordos e com esses compromissos que tinham sido assumidos e, principalmente, com os compromissos que o Governo inscreveu no seu programa", defendeu Vieira da Silva.

Para o ministro, "se crítica se pode fazer a estas medidas é que elas vão para além do que estava inserido no programa em matéria de combate à precariedade".

No final de uma reunião com a Comissão de Trabalhadores dos CTT, em Lisboa, Catarina Martins garantiu que "o BE nunca votará medidas com um sentido contrário aquele que negociou" com o Governo e o PS em matéria de legislação laboral, sendo o foco dos bloquistas o combate à precariedade no país.

"Eu julgo que seria muito estranho que o PS, depois deste tempo em que foi possível melhorar efetivamente as condições do país por haver um acordo de recuperar rendimentos do trabalho, preferisse negociar uma matéria central como a laboral com a direita, que atacou sempre todas as medidas de dignidade e de direitos dos trabalhadores", respondeu a líder do BE, quando questionada sobre a possibilidade da direita viabilizar, no parlamento, no dia 06 de julho, as medidas do Governo sobre legislação laboral que foram acordadas em Concertação Social.

Para a líder bloquista, não é a Concertação Social que faz a legislação, sendo essa a responsabilidade do parlamento.

"No parlamento vamos fazer este debate, vamos a todas as propostas, uma a uma, conseguir os avanços que são necessários e opor-nos terminantemente a qualquer retrocesso", avisou.

ACL(JF) // ZO

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