Sindicatos de professores marcam greve às avaliações a partir de 18 de junho

| País
Porto Canal com Lusa

Os sindicatos de professores marcaram hoje greve às reuniões de avaliação do ensino básico e secundário, e também pré-escolar, a partir de 18 de junho, mas admitindo que a paralisação possa prolongar-se até julho.

Atualizado 29-05-2018 16:32

Em comunicado, os oito sindicatos e as duas federações do setor que assinaram a declaração de compromisso com o Governo em novembro do ano passado anunciaram ter decidido “marcar greve à atividade de avaliação a partir do dia 18 de junho, com incidência nas reuniões de conselho de turma dos 5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade, bem como, a partir de 22 de junho, às reuniões da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, prevendo que, num primeiro momento, a greve se prolongue até final de junho, podendo continuar em julho”.

Os sindicatos têm agendadas reuniões de negociação com o Ministério da Educação (ME) para 04, 05 e 06 de junho, mas decidiram avançar já com o anúncio de greve às avaliações, responsabilizando a tutela por isso.

A marcação de uma greve a uma semana do retomar de negociações é, declaradamente, uma forma de pressionar o ME a aproximar posições às dos sindicatos.

“As organizações sindicais de professores e educadores decidem entregar, ainda hoje, o pré-aviso de greve, não por qualquer questão de ordem legal, mas para que o governo compreenda que não poderá chegar às reuniões de 04, 05 e 06 de junho sem propostas que deem resposta aos problemas que afetam os docentes”, lê-se no comunicado.

Segundo o comunicado, os sindicatos não ficaram satisfeitos com o que ouviram na audição do ministro Tiago Brandão Rodrigues na passada semana no parlamento – durante a qual reafirmou a proposta do Governo de apenas contabilizar menos de três anos dos mais de nove congelados aos docentes e defendeu as regras para os concursos de professores lançados para este ano, que os sindicatos dizem ser ilegais.

Hoje, a insatisfação aumentou quando receberam a proposta de despacho de organização de ano letivo para 2018-2019, a qual dizem ser a confirmação de que “o ME e o Governo não compreenderam o significado da manifestação nacional do passado dia 19 de maio – [quando 50 mil professores desceram a Avenida da Liberdade em protesto] - e não querem, realmente, resolver qualquer problema”.

“Só assim se entende o projeto de despacho sobre a organização do ano letivo 2018/19, enviado de manhã às organizações sindicais, que não altera absolutamente nada sobre os horários dos professores, mantendo a ilegalidade, e chega até a ser mais negativo que o anterior, por exemplo, em relação à direção de turma”, lê-se no comunicado dos sindicatos.

Para além da greve às avaliações, os sindicatos dos professores anunciaram também a intenção de se juntarem a outros sindicatos da administração pública na luta pelas suas reivindicações.

“[Os sindicatos decidiram] encetar, de imediato, contactos com organizações sindicais de outros setores da administração pública a quem o Governo também recusa recuperar, para efeitos de carreira, o tempo de serviço congelado no sentido de serem desenvolvidas ações e lutas conjuntas, com vista a eliminar a discriminação que o governo pretende impor a um conjunto largo de trabalhadores”, lê-se no comunicado.

Na sexta-feira o Sindicato de Professores da Madeira (SPM) tinha anunciado também uma greve às avaliações de final de ano letivo, com início a 12 de junho naquela região autónoma.

As provas finais de ciclo do 9.º ano de escolaridade decorrem entre 19 e 27 de junho, no que diz respeito à 1.ª fase, estando a afixação de pautas marcada para 13 de julho, de acordo com o calendário escolar para 2017-2018 publicado em Diário da República.

No ensino secundário a 1.ª fase dos exames nacionais decorre entre 18 de junho e 27 de junho, estando a afixação de pautas marcada para 12 de julho.

Apesar de a realização de provas finais e exames nacionais não estar comprometida, uma vez que por alteração à lei, no mandato do ex-ministro Nuno Crato, que enfrentou uma greve aos exames, estas momentos de avaliação passaram a ter serviços mínimos garantidos.

No entanto, a greve às avaliações compromete a saída nos prazos estipulados das notas finais dos alunos, tendo um impacto particularmente relevante para os alunos do ensino secundário, que dependem delas para se poderem candidatar ao ensino superior.

+ notícias: País

Quantos burros há no mundo?

Há quem diga que "vozes de burro não chegam ao céu". Há quem os use como insulto, mas também quem os veja como animais dóceis. Esta quarta-feira, dia 8 de maio, celebra-se o Dia Internacional do Burro. Mas, afinal quantos existem no mundo?

Vozes de burro não chegam ao céu... mas hoje é o dia deles

Há quem diga que "vozes de burro não chegam ao céu". Há quem os use como insulto, mas também quem os veja como animais dóceis.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".