PCP propõe rejeição da "submissão à União Europeia e ao Euro"

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 19 abr (Lusa) -- O PCP propõe a rejeição das "opções assentes na submissão à União Europeia e ao Euro" e dos "instrumentos de condicionamento do país", num projeto de resolução sobre o Programa de Estabilidade entregue hoje na Assembleia da República.

Em declarações aos jornalistas, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, sublinhou que o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas "são documentos da exclusiva responsabilidade do Governo e que comprometem apenas o Governo", contemplando "critérios e opções que parecem errados e desligados" dos interesses do país.

João Oliveira defendeu que "as decisões soberanas tomadas na Assembleia da República", nomeadamente no que respeita ao Orçamento do Estado, "em nada ficam comprometidas pelos documentos que o Governo entende apresentar à Comissão Europeia".

O projeto do PCP propõe a afirmação do "direito soberano do Estado português a decidir do seu futuro e assumindo a necessidade de mobilizar os recursos necessários ao aumento dos salários e pensões, à melhoria dos serviços públicos".

No documento, o PCP aponta o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública, a Segurança Social e os transportes públicos, o apoio à cultura, à ciência e à investigação, o incremento do investimento público e a defesa da produção nacional como áreas que carecem de investimento público.

O Programa de Estabilidade, apresentado pelo Governo na semana passada, será debatido na Assembleia da República na terça-feira, mas os projetos de resolução sobre o documento -- CDS-PP e BE também entregaram recomendações -- só deverão ser votados na quinta-feira.

Questionado sobre o sentido de voto face ao projeto de resolução já entregue pelo BE, João Oliveira disse que ainda não foi tomada uma decisão.

O projeto de resolução reitera a posição dos comunistas de exigência de renegociação da dívida nos seus prazos, juros e montantes que deve ser "articulada com a perspetiva de recuperação da soberania monetária".

SF // VAM

Lusa/fim

+ notícias: Política

Montenegro quer que 50 anos marquem “ponto de viragem” na retenção de talento dos jovens

O primeiro-ministro manifestou esta quinta-feira a convicção de que os 50 anos do 25 de Abril serão “um ponto de viragem” para quebrar “um ciclo negativo” dos últimos anos, de “incapacidade de reter em Portugal” o talento dos jovens.

Milhares na rua e Marcelo atacado com herança colonial

Milhares, muitos milhares de pessoas saíram esta quinta-feira à rua para comemorar os 50 anos do 25 de Abril, no parlamento a direita atacou o Presidente por causa da herança colonial e Marcelo fez a defesa da democracia.

25 de Abril. A carta do Presidente dos Estados Unidos para Portugal

O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, congratulou esta quinta-feira Portugal pelo “espírito corajoso” com que fez a Revolução dos Cravos, há 50 anos, que permitiu o regresso da democracia.