Ministra do Trabalho alemã apresenta alteração à lei das reformas
Porto Canal / Agências
Berlim, 16 jan (Lusa) - A ministra do Trabalho da Alemanha, Andrea Nahles, apresentou hoje ao Governo um projeto sobre as reformas, prevendo a aposentação antecipada em determinadas condições, uma concessão feita por Angela Merkel aos sociais-democratas para formar a coligação governamental.
A ministra social-democrata apresentou aos seus colegas as linhas principais do projeto, um dos dossiês mais discutidos nas negociações com os conservadores da CDU/CSU para a formação da coligação governamental, no poder desde dezembro.
O projeto de Nahles prevê a possibilidade de reforma antecipada aos 63 anos (quando a lei atual fixa o objetivo de reforma aos 67) sem penalizações para os trabalhadores que tenham 45 anos de descontos.
Também está previsto que as mães ou pais que se ocuparam dos filhos que nasceram antes de 1992, em detrimento da sua carreira profissional, vejam esse período contado para o cálculo da pensão.
O projeto pretende melhorar as reformas mais baixas a partir de 2017 e os benefícios dos que se encontram em situação de incapacidade parcial para o trabalho por razões de saúde.
As alterações, que contam com a oposição dos meios empresariais, podem custar cerca de 60 mil milhões de euros até 2020, de acordo com estimativas da imprensa alemã.
Na oposição, Os Verdes também criticaram o diploma, acusando o governo de aumentar os encargos das gerações futuras.
O projeto deve ser debatido no Bundestag (câmara baixa do Parlamento) a partir de dia 29 e a ministra do Trabalho quer que a lei entre em vigor a 1 de julho de 2014.
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