Greve da Ryanair 'deixa' cinco voos no chão no Porto. Empresa fala em "ligeiras perturbações"

| Economia
Porto Canal com Lusa

A transportadora aérea Ryanair garantiu que a greve de hoje dos tripulantes de cabine em Portugal está a provocar "ligeiras perturbações" na operação, afirmando a sua gratidão pelos funcionários "ignorarem" a paralisação.

Atualizado 29-03-2018 18:50

"Estamos bastante gratos aos nossos tripulantes de cabine portugueses por colocarem os nossos clientes em primeiro lugar, ignorando esta greve", lê-se em comunicado da empresa, que refere que a "grande maioria" desses funcionários "estão a trabalhar dentro da normalidade esta manhã (29 de março)".

O Sindicato Nacional Do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) convocou uma greve de tripulantes de cabine da Ryanair para hoje, domingo de Páscoa e quarta-feira (dia 04 de abril), porque as conversações com a transportadora "verificaram-se infrutíferas" sobre as exigências para aplicar a lei portuguesa, nomeadamente o direito de parentalidade e baixas médicas.

No primeiro balanço das consequências, pelas 11:00 (hora de Lisboa), a Ryanair avançou que "um pequeno número dos primeiros voos do dia sofreu ligeiras perturbações", com o cancelamento de três voos e a recolocação dos passageiros em outras aeronaves.

Os clientes afetados "já estão a ser recolocados em voos extra operados esta manhã de bases da Ryanair fora de Portugal, operando de/para o Porto e Faro" e todos os passageiros que viajam de e para Portugal podem obter informações no 'site' Ryanair.com.

A companhia pediu "sinceras desculpas aos clientes e respetivas famílias afetados por estes atrasos, provocados por esta greve desnecessária e injustificada".

Em declarações à agência Lusa, a presidente do SNPVAC, Luciana Passo, informou que a adesão à greve ultrapassa os 90%, mas acusou a transportadora aérea de estar a substituir os grevistas por tripulantes de outros locais, "cometendo uma ilegalidade".

"Há uma substituição de grevistas porque a Ryanair, novamente cometendo uma ilegalidade, traz tripulantes de outras bases para fazer os voos a partir das bases em Portugal", criticou a dirigente sindical.

Da base do Porto deveriam sair oito voos da parte da manhã, "apenas saíram três", e para a tarde estão programados mais oito, por isso o sindicato quer perceber como "é que a Ryanair consegue trazer mais tripulantes para operarem mais voos a partir do território nacional", acrescentou.

Sobre estas acusações, a Ryanair ainda não respondeu.

A jurista da Deco Ana Sofia Ferreira informou à Lusa que greve não é uma circunstância que imputável às transportadoras aéreas, pelo que "não há direito à indemnização, exceto se a transportadora já depois de ter recebido o pré-aviso de greve continuar a vender bilhetes já conhecendo e sabendo antecipadamente que muito provavelmente não vai poder realizar aqueles voos".

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