Acusados de homicídio de empresário em silêncio na repetição do julgamento

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Porto Canal / Agências

Barcelos, 14 jan (Lusa) - Os cinco arguidos no caso do homicídio a tiro de um empresário de Vila Chã, Esposende, ocorrido em setembro de 2011, remeteram-se hoje ao silêncio no Tribunal de Barcelos, na repetição do julgamento.

A repetição foi ordenada pelo Supremo Tribunal de Justiça, para "cabal esclarecimento" das circunstâncias do disparo fatal.

A questão é saber se o homicídio foi premeditado pelos arguidos ou se o disparo foi uma decisão de momento do respetivo autor.

Face ao silêncio dos arguidos, o julgamento foi imediatamente para alegações finais, tendo o Ministério Público pedido as mesmas condenações do primeiro julgamento.

Também os defensores dos arguidos mantiveram as mesmas alegações, considerando que nenhum deles pode ser condenado por homicídio, por falta de provas, e que tudo não passou de "um assalto que correu mal".

A leitura do acórdão está marcada para o próximo dia 23.

No primeiro julgamento, o Tribunal de Barcelos aplicou penas entre os 18 e os 25 anos de prisão.

Os arguidos foram ainda condenados ao pagamento de uma indemnização de cerca de 120 mil euros à família da vítima, por danos morais, e de 2.050 euros por danos patrimoniais.

Entretanto, três dos arguidos já estão em liberdade, por ter sido excedido o tempo máximo legal de prisão preventiva.

Entre os arguidos está uma mulher que, segundo o tribunal, manteria um relacionamento de cariz sexual com a vítima.

Um relacionamento desmentido pela arguida, que garantiu que anteriormente nunca tinha visto o empresário e que admitiu que este "andaria" com a sua filha, na altura de menor idade.

No dia dos factos, a mulher terá atraído o empresário para um local ermo em Palme, Barcelos, para mais um encontro, mas levou com ela quatro homens armados, entre os quais o filho e o companheiro.

A mulher, no primeiro julgamento, alegou que o objetivo era apenas roubar o empresário e que o disparo foi uma atitude de momento seu companheiro, mas o tribunal deu como provado que os arguidos já foram para o local com intenção de matar, até porque todos se apresentaram de cara descoberta.

Após o disparo, que ocorreu a 19 de setembro, os arguidos roubaram o ouro que o empresário tinha consigo e venderam-no a um recetador, por 1.800 euros.

Os arguidos tiraram ainda a carteira do arguido, que conteria 250 euros.

Dias depois, voltaram ao local do crime, recolheram o cadáver, transportaram-no de carro até Alvarães, no concelho de Viana do Castelo, ataram-no a uma viga de cimento e atiraram-no a uma lagoa.

O corpo viria a ser encontrado a 26 de setembro.

VCP // JGJ

Lusa/fim

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