Weinstein pede desculpa por usar citações de atrizes em processo de assédio sexual

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Porto Canal com Lusa

Nova Iorque, 23 fev (Lusa) - O produtor de Hollywood Harvey Weinstein pediu hoje desculpa por ter usado os nomes de Meryl Streep e Jennifer Lawrence na sua defesa no processo em que é acusado de conduta inapropriada e assédio sexual.

O pedido de desculpas, feito em Nova Iorque através de um porta-voz, surge depois de as atrizes se terem insurgido publicamente contra o facto de terem sido usadas citações de ambas para a defesa do produtor em tribunal.

As atrizes contestaram de imediato a interpretação que os advogados de Weinstein deram a frases retiradas do contexto, com Streep a considerar que se tratou de uma manobra "patética e exploradora".

Na resposta, Weinstein garante que orientou os seus advogados a não usarem de novo citações de pessoas que não tenham ligação direta ao processo, "mesmo que essas declarações sejam de domínio público".

No passado domingo, o procurador-geral de Nova Iorque interpôs uma ação federal de direitos civis contra Harvey Weinstein, o seu irmão Robert e a empresa que ambos dirigem, após uma investigação sobre conduta sexual inapropriada.

Após quatro meses de inquirições, a denúncia avançada pelo procurador Eric Schneiderman inclui novas acusações contra Weinstein, o máximo responsável pelo estúdio de produção The Weinstein Company, por "mau trato cruel e explorador" sobre os seus empregados, para além de testemunhos destes como vítimas de assédio sexual, intimidação e outras condutas.

O outrora poderoso produtor foi acusado de assédio e assalto sexual pela primeira vez em dois artigos divulgados em outubro pelo New York Times e a New Yorker, e que motivou dezenas de mulheres a apresentarem novos testemunhos contra o indiciado. Pouco depois, a procuradoria começou a investigar a The Weinstein Company.

Nesta ação judicial, o procurador acusa os dois irmãos de violações dos direitos humanos, dos direitos individuais e do direito ao trabalho.

""The Weinstein Company violou por diversas ocasiões o direito nova-iorquino ao não proteger os seus empregados de um assédio sexual invasivo, das intimidações e da discriminação", declarou Eric Schneiderman citado num comunicado.

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