Coreia do Sul confirma exercícios militares com Estados Unidos após Jogos Olímpicos

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Porto Canal com Lusa

Seul, 20 fev (Lusa) -- A Coreia do Sul assegurou hoje que vai realizar os exercícios militares conjuntos anuais com os Estados Unidos da América uma vez concluídos os Jogos Olímpicos de Inverno, apesar da aproximação com a Coreia do Norte.

O Ministério da Defesa sul-coreano confirmou, num relatório parlamentar, a decisão, noticiou a agência Efe, salientando que esta é a primeira vez que Seul aborda a realização destes exercícios após a visita histórica de uma delegação norte-coreana liderada por Kim Yo-jong, irmã do líder do regime de Pyongyang, Kim Jong-un, ao país vizinho

Esta deslocação tornou-se no momento de maior aproximação entre as duas Coreias -- tecnicamente ainda em guerra -- e ocorreu no âmbito dos Jogos Olímpicos, que decorrem em PyeongChang.

Seul e Washington adiaram as manobras militares de Foal Eagle e Key Resolve, habitualmente realizadas entre o fim de fevereiro e o início de março, que a Coreia do Norte considera um ensaio para invadir o seu território, devido à realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno, que terminam a 18 de março.

O "degelo olímpico" incluiu um convite, por parte do dirigente norte-coreano ao Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, para participar numa cimeira em Pyongyang, o que suscitou a possibilidade de os exercícios militares serem adiados.

Porém, o Ministério da Defesa rejeitou hoje tal possibilidade, mas também não avançou datas para as atividades militares conjuntas.

Um porta-voz do ministério informou que as datas serão conhecidas nos próximos dias.

Já o general Vincent Brooks, que lidera o contingente norte-americano de 28 mil efetivos em solo coreano, garantiu, numa comissão parlamentar, que Washington e Seul realizarão "uma vez por ano" o treino, independentemente da aproximação entre as duas Coreias.

Seul está convicta de que a melhoria das relações com Pyongyang pode ajudar que o regime norte-coreano regresse à mesa das negociações com os Estados Unidos que, apesar se mostrarem céticos, insistem que Pyongyang deveria mostrar, primeiro, as suas intenções para a desnuclearização.

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