Raríssimas: Ministro admite "posição de particular sensibilidade"

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 18 dez (Lusa) -- O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social disse hoje ter "perfeita consciência" de que o facto de ter apoiado como cidadão a associação "Raríssimas" o colocou "numa posição de particular sensibilidade".

Vieira da Silva falava hoje numa audição parlamentar sobre a situação na Associação Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras.

"Tenho a perfeita consciência de que o facto de ter, como muitos outros, apoiado como cidadão, depois de ter exercido funções governativas, aquela instituição, me coloca numa posição de particular sensibilidade. Tenho toda a consciência disso, não tenho nenhuma dúvida", disse Vieira da Silva em resposta a um conjunto de perguntas da deputada social-democrata Clara Marques Mendes.

A deputada perguntou a Vieira da Silva se não achava que tendo feito parte dos corpos sociais de uma instituição se não deveria, perante uma denuncia, ser mais firme e rápido para evitar suspeições.

Vieira da Silva disse que nenhum dos factos apresentados na reportagem da TVI que lançou a polémica sobre má gestão na Raríssimas foram focados na denuncia que foi enviada ao seu gabinete em outubro pelo ex-tesoureiro da instituição e reencaminhada para o Instituto de Segurança Social.

Segundo o ministro, o ex-tesoureiro da instituição queixou-se de não lhe estarem a ser enviadas informações sobre a instituição às quais julgava ter direito enquanto sócio, tendo sido pedida uma fiscalização.

"O que chegou ao meu gabinete prende-se exclusivamente com esta situação. Em nenhum momento se existisse por parte deste ou qualquer membro da Raríssimas informação sobre gestão danosa e aproveitamento pessoal nunca nos foi comunicada nesses ofícios", frisou.

Uma reportagem divulgada em 09 de dezembro pela TVI deu conta de alegadas irregularidades nas contas da Raríssimas, tendo apresentado documentos que colocam a agora ex-presidente da associação, Paula Brito e Costa, como suspeita de utilizar fundos da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) para fins pessoais.

Entre as irregularidades apontadas, conta-se a compra de vestidos de alta costura, de bens alimentares caros e o pagamento de deslocações, apesar de ter um carro de alta gama pago pela Raríssimas. Além disso Paula Brito e Costa terá também beneficiado de um salário de três mil euros, de 1.300 euros em ajudas de custos e de um Plano Poupança Reforma que rondava os 800 euros mensais.

GC/HN // JMR

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